Com dirigibilidade de SUV, a Fiat Toro evoluiu no comportamento após a estreia do propulsor turbinado 1.3 16V (T270). Sem dúvidas, um salto comparado aos antigos 1.8 E.torQ ou 2.4 Tigershark, ambos naturalmente aspirados.

O turbocompressor com válvula Wastegate elétrica enche em torno das 2.000 rpm e os 185 cv de potência/270 Nm (27,5 kgfm) de torque entregam desenvoltura ao acelerar de 0 a 100 km/h em 10,7 segundos bebericando etanol – a picape monobloco possui relação peso/potência de 9,02 kg/cv e peso/torque de 60,72 kg/kgfm.

Com 46 cv e 8,2 kgfm extras sobre o antigo motor 1.8, o desempenho é ajudado pela caixa automática de seis marchas, com possibilidade de trocas sequenciais tanto nas borboletas atrás do volante quanto na alavanca.

Quem desejar uma pitada de esportividade a mais pode acionar a tecla Sport, que realiza as mudanças em rotações mais elevadas.

Não falta torque nas ultrapassagens e, segundo a Fiat, o motor 1.3 16V turbinado passou a estar de acordo com as normas do Proconve L7, sem mudar os números de desempenho, mas com uma melhora no gasto de combustível.

Durante a nossa convivência, o computador de bordo informou médias rodoviárias de 12,2 km/l e um consumo misto (cidade/estrada) de 11,1 km/l, rodando com gasolina no tanque.  

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A direção assistida eletricamente é rápida/precisa ao esterço, enquanto as suspensões MacPherson no eixo frontal e Multilink atrás evitam a rolagem excessiva da carroceria nas curvas contornadas apressadamente da mesma forma que não transmitem o “pula-pula” das picapes médias ao trafegar descarregada.

Não só isso, pois a calibração do conjunto filtra bem as irregularidades do nosso asfalto ao passo que os pneus Pirelli com perfil 60 ajudam na absorção dos impactos.

Fiat Toro Volcano T270
Foto: Divulgação

Como tudo o que acelera, uma hora precisa parar, a Fiat Toro Volcano T270 emprega discos ventilados de 305 mm na dianteira e tambores de 254 mm na traseira. Com boa modulação do pedal, nas frenagens mais fortes a frente não demonstra a tendência de mergulhar tampouco de erguer além da conta nas acelerações.

A manobrabilidade da Fiat Toro Volcano T270 é auxiliada pelo diâmetro de giro de 12,2 m e há sensores de estacionamento dianteiros/traseiros e câmera de ré. Tudo isso, facilita na tarefa de estacionar em locais apertados, como nas vagas de prédios.

Já a caçamba oferta capacidade de carga de 670 kg e volumétrica de 937 litros (410 no Compass). O acesso é pelas duas portas com acionamento elétrico, o que exige um espaço a mais para realizar a abertura. A capota marítima é de série.

Fiat Toro Volcano T270
Foto: Divulgação

Embora tenha tração 4×2, a Fiat Toro Volcano T270 consegue encarar um off-road light graças aos ângulos de entrada de 25,8º, de saída (28,3º) e a altura em relação ao solo de 26,3 cm.

A usabilidade em terrenos irregulares é auxiliada pelo TC+ (presente nos Fiat Strada e Pulse). Trata-se de uma evolução do sistema Locker para garantir maior capacidade de tração e de aderência em terrenos irregulares.

Como é a vida a bordo?

Produzida na fábrica de Goiana (PE) sobre a plataforma Small Wide LWB (a mesma dos Jeep Compass e Renegade), o isolamento acústico da Fiat Toro Volcano T270 é digno de palmas e os até cinco ocupantes desfrutam de amplitude pelas dimensões de 4,945 m de comprimento, 1,844 m de largura e 1,691 m de altura.

Quem viaja atrás encontra espaço para as pernas/joelhos graças ao entre-eixos de 2,982 m (2,636 m no Compass) e há entrada USB-A para efetuar o carregamento de gadgets.

Os acabamentos/arremates mostram uma paridade com os modelos da Jeep e agradam pela qualidade quanto pela montagem. Ao contrário da configuração Ranch, a Fiat Toro Volcano T270 oferece uma cabine escurecida e os bancos revestidos em couro preto possuem abas generosas. Eles acomodam muito bem a região lombar e não cansam após longos períodos dirigindo.

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A ergonomia é auxiliada pelos comandos bem posicionados à mão e, entre os itens de série, há quadro de instrumentos totalmente digital de 7”, carregador de smartphone por indução, entradas frontais USB-A/USB-C, ar-condicionado de duas zonas, sete airbags (frontais, laterais, de cortina e de joelhos para o motorista) e assistente de partida em rampas, para citar.

O multimídia de 8,4” tem conectividade Android Auto/Apple CarPlay, entretanto, o Pacote Tecnologia (R$ 5.872 ou R$ 6.067 para São Paulo) adiciona a tela de 10” vertical, os comandos de voz, a frenagem autonônoma de emergência (AEB), a comutação automática do farol alto (AHB) e o aviso de saída de pista (LDW).

Falando dos equipamentos visuais cobrados à parte, a Fiat Toro Volcano T270 pode receber o opcional Série Black Edition (R$ 2.926/R$ 3.023 em SP), o qual atribui a nova grade do radiador inspirada na versão Ultra, além dos logotipos do fabricante escurecidos, as maçanetas na cor da carroceria e a pintura preta do overbumper do para-choque dianteiro, das rodas de liga leve de 18”, do rack de teto/molduras dos vidros e das portas.

Já quem preferir um estilo semelhante ao da Fiat Toro Ranch, o Série Chrome Edition (R$ 2.926 e R$ 3.023 para São Paulo) exibe a grade frontal cromada.

A Fiat Toro pode ser uma alternativa aos SUVs e aos clientes em busca de maior versatilidade. Para quem não roda grandes distâncias, a versão Volcano T270 é interessante, pois a opção turbodiesel custa a partir de R$ 201.390 (R$ 208.078 em São Paulo).


FICHA TÉCNICA

FIAT TORO VOLCANO TURBO 270 FLEX AT6
Preço básico: R$ 163.790 (R$ 169.230 para São Paulo)
Carro avaliado: R$ 172.109 (R$ 177.825 para São Paulo) 

Fiat Toro Volcano Turbo 270 Flex AT6
Motor: quatro cilindros em linha 1.3, 16V, variação na admissão, injeção direta, turbo
Cilindrada: 1332 cm³
Combustível: flex
Potência: 180 cv (g) e 185 cv (e) a 5.750 rpm
Torque: 270 Nm a 1.750 rpm (g/e)
Câmbio: automático sequencial, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e multilink (t)
Freios: discos ventilados (d) e tambores (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,945 m (c), 1,844 m (l), 1,691 m (a)
Entre-eixos: 2,982 m
Pneus: 225/60 R18
Caçamba: 937 litros ou 670 kg
Tanque: 55 litros
Peso: 1.670 kg
0-100 km/h: 10s8 (g) e 10s7 (e)
Vel. máxima: 195,5 km/h (g) e 201,5 km/h (e)
Consumo cidade: 9,5 km/l (g) e 6,6 km/l (e)
Consumo estrada: 11,2 km/l (g) e 8,0 km/l (e)
Emissão de CO2: 133 g/km
Nota do Inmetro: C
Classificação na categoria: A (picape)


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