30/12/2019 - 16:17
O Jeep Compass é um daqueles modelos que contrariam a lógica do mercado. Mesmo posicionado acima dos SUVs compactos em preço, o modelo é um dos líderes do seu segmento no mercado brasileiro. Com mais de 54 mil unidades comercializadas até novembro, o Compass perdia apenas para o irmão menor Renegade.
Uma das explicações para esse fenômeno está no custo-benefício. Com preço básico de R$ 116.990 na versão Sport, o Compass tem porte intermediário entre os SUVs compactos e os médios tradicionais. Apesar dos 4,416 m de comprimento e do entre-eixos de 2,636 m não impressionarem, na prática o “médio” da Jeep parece maior do que realmente é e agrada pelo bom espaço interno para os passageiros (embora o porta-malas leve apenas 410 litros) e pelo bom acabamento interno, com vários componentes em material macio ao toque.
O Compass Sport oferece um pacote inferior ao das versões de topo dos SUVs compactos, deixando de fora da lista de itens de série equipamentos como os bancos de couro e os airbags laterais e de cortina (opcionais). Mesmo assim, traz itens como ar-condicionado automático digital de duas zonas, controlador automático de velocidade de cruzeiro e sistema multimídia com tela de 7”. Na linha 2020 (leia mais aqui), ganhou ainda chave presencial e sensores de chuva e luminosidade.
Diferente das configurações mais caras, que contam com um motor 2.0 turbodiesel de 170 cv, nessa versão mais acessível o Compass está equipado com o motor 2.0 Tigershark com 159/166 cv de potência e torque de 20/20,5 kgfm a 4.000 rpm (gasolina/etanol), sempre combinado a um câmbio automático de seis marchas. Apesar de oferecer menos força do que o propulsor diesel, o flex se mostra suficiente para a proposta do modelo. Não falta vigor. Mas é necessário manter o motor “cheio” se o motorista quiser extrair o melhor rendimento do conjunto, principalmente em retomadas de velocidade.
O conjunto de suspensão agrada pelo acerto bem equilibrado, sendo até mais confortável que as versões mais caras graças às rodas de 17”, equipadas com pneus mais borrachudos do que os usados nas rodas de 18” e 19” dos Compass mais completos. Já a direção elétrica surpreende pela maciez e facilita nas manobras de estacionamento. A ressalva fica por conta do ângulo de ataque, que é de apenas 15,8° e permite que a frente raspe na saída de rampas. Algo inadequado para um SUV.