Lançado no Brasil em 2015, o Jeep Renegade foi um dos primeiros representantes da nova leva de SUVs compactos, que chegou por aqui para combater os veteranos e líderes Ford EcoSport e Renault Duster. E até hoje o utilitário compacto segue encantando o público.

Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), era o modelo mais vendido em seu segmento no mercado brasileiro, com mais de 63 mil unidades emplacadas no acumulado do ano até novembro.

O segredo do sucesso do Renegade está na sua fórmula bem acertada. Da sua posição de dirigir elevada ao para-brisa quase vertical, passando pelo ângulo de ataque de 28°, é um dos SUVs compactos que oferece a experiência mais próxima de dirigir um 4×4 “raiz”, mas sem deixar de lado a comodidade e o conforto em rodagem dos utilitários esportivos. Mesmo na versão Sport, que com preço de tabela de R$ 89.990 é a segunda mais acessível da linha (perde apenas para a versão STD, de R$ 79.290).

Disponível apenas com o motor 1.8 de 135/139 cv (gasolina/etanol), câmbio automático de seis marchas e tração dianteira, o Renegade Sport fica posicionado pouco acima de concorrentes como o Nissan Kicks 1.6 S CVT (R$ 85.990) e Hyundai Creta 1.6 AT Smart (R$ 86.490).

O SUV compacto da Jeep oferece um pacote de equipamentos de série muito semelhante ao da concorrência, trazendo itens como alarme, controles eletrônicos de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, controlador automático de velocidade de cruzeiro, rodas de liga leve de 17″ com monitor de pressão de pneus e sistema multimídia com tela de 5″.

Mas é o único a contar com uma lista de opcionais, que na linha 2020 (leia mais aqui) ganhou o reforço do “Pack Uconnect”, que por R$ 4 mil inclui sistema multimídia de 7”, ar-condicionado automático de duas zonas e sensores de estacionamento traseiros. Há ainda os pacotes Night Eagle (com acabamento preto em vários itens como rodas, teto, logotipos e molduras internas) e WSL (Liga Mundial de Surfe, em português), que engloba pintura perolizada Branco Polar, bancos de couro, os mesmos detalhes escuros do Night Eagle, além de adesivo de capô, emblemas da WSL, barras transversais de teto e rodas do Trailhawk).

No geral, a experiência de rodar com um dos Renegade “de entrada” é a mesma das versões mais caras do modelo. O acabamento da cabine segue o mesmo padrão de qualidade, com materiais macios ao toque e variação de texturas nos plásticos, embora o espaço interno — semelhante ao de um hatch compacto — favoreça mais os ocupantes dos assentos dianteiros que os do banco traseiro.

E da mesma maneira que nos outros Renegade flex, o calcanhar de aquiles do Sport está no motor 1.8, que mesmo com o uso da função Sport — que altera o tempo de resposta do acelerador e atrasa as trocas de marcha do câmbio automático — sofre para carregar os mais de 1.500 kg do modelo. Para extrair o melhor desempenho do propulsor, é necessário andar o tempo todo com o pé embaixo. O resultado disso é o alto consumo de combustível, com médias de 6,9 km/l (cidade) e 8,6 km/l (estrada), quando abastecido com etanol. 

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FICHA TÉCNICA

Jeep Renegade Limited 1.8 Flex

Preço básico: R$ 89.990
Carro avaliado: R$ 105.990
Motor: 4 cilindros em linha 1.8, 16V
Cilindrada: 1747 cm³
Combustível: flex
Potência: 135 (g) e 139 (e) cv a 5.750 rpm
Torque: 18,76 (g) e 19,27 (e) kgfm a 3.750 rpm
Câmbio: automático sequencial, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d/t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,232 m (c), 1,805 m (l), 1,714 m (a)
Entre-eixos: 2,570 m
Pneus: 235/45 R19
Porta-malas: 320 litros
Tanque: 60 litros
Peso: 1.527 kg
0-100 km/h: 12s8 (g) e 11s8 (e)
Velocidade máxima: 176 km/h (g) e 178 km/h (e)
Consumo cidade: 10 km/l (g) e 6,9 km/l (e)
Consumo estrada: 12 km/l (g) e 8,6 km/l (e)
Nota do Inmetro: C
Emissão de CO²: 124 g/km
Classificação na categoria: D(Utilitário Esportivo Compacto)