O Mercedes A 250e chegou, e isso não é uma surpresa. Como todo híbrido plug-in, é vantajosos porque o consumo muito mais baixo vem sem um custo tão alto, com o de fazer um carro movido apenas a baterias. E pode, dependendo do seu uso, acabar sendo usado, na prática, apenas no modo elétrico. O lançamento foi na Europa, mas em poucos meses ele deve estar no Brasil, por cerca de R$ 260 mil, estimamos.

O esquema de propulsão do A 250e permite seu uso com emissão zero por algumas dezenas de quilômetros. Além do código de identificação, marcado pelo “e”, há apenas um detalhe que revela a natureza diferente desta versão. É a tampa da tomada de carga no lado direito, oposto ao da bomba de combustível. As duas saídas de escape inseridas na base do pára-choques permanecem. Porém, têm uma função puramente estética: a saída dos gases de escape fica no centro do assoalho. 

Mesmo na compartimento de passageiros, veja na galeria abaixo, é difícil achar “traços” da versão “e”. Na verdade, a indicação mais evidente é a abreviatura EQ na tela do sistema multimídia  Mbux, que permite o acesso a menus específicos para gerenciar o sistema híbrido.No resto, é quase exatamente mesmo Classe A que já admiramos, nossa Compra do Ano 2020 da MOTOR SHOW (leia aqui sobre o A 250 a combustão). 

PreviousNext

O QUE MUDA

Mas este Mercedes A 250e, por ser um híbrido plug-in, muda muito na operação e modo de uso. Quem comprar um, deve ter uma garagem ou um espaço de estacionamento com uma tomada para recarregar a bateria. Caso contrário, sua vantagem é reduzida.

Uma tomada doméstica comum é suficiente para uma carga completa em menos de seis horas. É o tempo em que o carro fica parado à noite, ou o quando você está no trabalho. Com um carregador de parede, são três horas e meia. E esse tempo cai à metade se você optar pelo carregador 7,4 kW. Há também a fonte de alimentação rápida de corrente contínua de 24 kW. Aí são apenas 25 minutos para a carga completa.

GESTÃO INTELIGENTE

O carro parte sem barulho, dado que o motor quatro cilindros (de origem Renault, que no Brasil aparece, por enquanto, só no Classe A Sedan) intervém apenas durante a condução, sob condições que já discutiremos. Mesmo quando isso acontece, o motor a gasolina turbinado é ligado sem o som característico do motor de partida. Isso porque o motor elétrico, conectado por uma embreagem, é que o gira.

Uma vez em movimento, você opta entre cinco modos de condução. No elétrico, o motor a combustão fica desligado, a menos que você pise fundo no pedal do acelerador completamente ou a carga da bateria fique abaixo de um limite mínimo). No Sport, o quatro cilindros sempre trabalha em conjunto com o elétrico para garantir o máximo desempenho, com torque de V8: 45,8 kgfm. Entre eles, fica o Comfort, com uso inteligente dos motores.

Um sistema interessante do Mercedes A 250e aparece ao definir o destino no GPS: a rota é analisada e a unidade de controle de gerenciamento de sistema híbrido certifica-se de usar o bateria onde for mais útil, ou em centros habitados. E mantém a carga da bateria em um nível suficiente para garantir que você possa retornar à cidade de destino no modo elétrico, mesmo no caso de uma longa viagem.

O CONSUMO

O melhor é que o A 250e possibilita fazer sua jornada diária entre a casa e o escritório com zero emissões, para a maioria das pessoas. Em nossos testes, o hatch teve autonomia média, no modo 100% elétrico, de 59 km (oficialmente são 78). Isso na cidade. Na estrada. ele chega a quase 140 km/h só com o motor elétrico e, a 110 km/h, percorreu 59 km antes da intervenção do motor a gasolina.

Mesmo em rotas mais longas, além de uma hora de condução, o A 250 permanece consegue rodar só com a energia da bateria (na cidade). Ou principalmente com eletricidade, na estrada. A ajuda da unidade de gasolina é reduzida, mas o consumo ficou em 74,7 km/l em nossos testes.

Mesmo quando a bateria acaba completamente, o Mercedes A 250e costuma ficar satisfeito com pouca gasolina. Neste caso, percorre 15,4 km/litro, em média. Apesar de seus 1.681 kg de peso, o desempenho é interessante. Juntos, os motores impulsionam com vigor. São 6,9 ​​segundos no 0-100 km/h e 6,6 segundos na retomada de 70 a 120 km/h.

Nessas situações, porém, a aceleração é acompanhada por uma presença marcante do motor turbo a gasolina. No modo elétrico, ele usa só os 102 cv do motor movido a bateria, o que já é mais que o suficiente para se mover com agilidade: a aceleração de 0-60 km/h leva só 5,3 segundos.

CONCLUSÃO

O Mercedes A 250 representa, como todos os híbridos plug-in, o elo entre o carro “normal” a gasolina e os elétricos, combinando a usabilidade em longas viagens do primeiro com a ausência de emissões urbanas do último.

Mas, para aproveitar ao máximo o Mercedes A 250e, é preciso usá-lo especialmente em rotas curtas e carregá-lo com frequência. Só assim os custos de uso são baixos e compensam os valor de compra mais altos. Na Europa, ele custa quase R$ 10 mil a mais que a sua versão térmica da mesma potência, ou A 250 já vendido no Brasil.

POR DENTRO DO MERCEDES A 250e

Mercedes A 250e


O Mercedes A 250e é um  híbrido plug-in baseado na versão A 200. Tem o mesmo motor turbo a gasolina M282 de 1.332 cm
3. O tanque foi movido para entre as rodas, atrás da barra transversal. Assim, abriu espaço para a bateria de 15,6 kWh colocada sob o piso, na altura do banco traseiro. Dessa forma, a distribuição das massas é mais favorável, já vez que a bateria pesa 150 kg, contra aproximadamente 40 do tanque cheio. O motor elétrico de 75 kW, por outro lado, é ligado à transmissão automática de dupla embreagem 8G-DCT especialmente modificada. Graças a um engate adicional, o motor térmico e o elétrico podem trabalhar juntos ou separadamente, e o último pode dar partida no motor a gasolina.