22/12/2021 - 8:00
O Pulse debutou com a pompa de primeiro SUV da Fiat fabricado no Brasil. Conhecido inicialmente por “Progetto 363”, ele inseriu o fabricante no segmento e reunindo as tão apreciadas características dos utilitários esportivos, como o visual parrudo, a versatilidade proporcionada pela maior altura em relação ao solo e a posição de dirigir elevada.
O exterior agrada pela dianteira elevada com os faróis de LED, enquanto nas laterais os destaques vão para as molduras plásticas nos para-lamas e as rodas de liga leve de 16” calçadas por pneus de medidas 195/60. Atrás, chama a atenção os design exclusivo das lanternas de LED, o spoiler de teto, mas as saídas de escape são falsas.
É uma opção frente o Hyundai HB20X, o Renault Stepway, o Caoa Chery Tiggo 3X Turbo e o Volkswagen Nivus, por exemplo, – os dois últimos, rivais na motorização T200 do Pulse. Então, para fazer bonito o Fiat Pulse adota a plataforma MLA (Modular Architecture) atribuindo 4,099 m de comprimento, 1,774 m m de largura, 1,576 m de altura e 2,532 m de entre-eixos.
A habitabilidade é interessante e a cabine também agrada pelos acabamentos/arremates bem feitos. Embora utilize plásticos em sua totalidade, eles são de boa qualidade e texturizados, enquanto outras qualidades vão para a densidade das espumas dos bancos e a empunhadura do volante multifuncional de três raios.
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Os comandos bem posicionados à mão elevam a ergonomia, porém, um pênalti está na coluna de direção regulável apenas em altura – apenas a topo Impetus T200 possui a de profundidade. De série, entre os itens, na versão do Pulse Drive avaliada estão presentes ar-condicionado digital, controlador de velocidade, vidros elétricos com função um toque na dianteira/traseira, quadro de instrumentos com tela TFT de 3,5” e multimídia de 8,4” com Android Auto/Apple CarPlay sem fio mais entradas USB-A e USB-C.
Quem viaja atrás encontra um espaço apenas suficiente para as pernas/joelhos por conta dos 2,532 m de entre-eixos. Ou seja, superior a do Fiat Argo Trekking (2,531 m) e do Hyundai HB20X (2,530 m), mas inferior a dos modelos Caoa Chery Tiggo 3X Turbo (2,555 m), Renault Stepway (2,590 m) e Volkswagen Nivus (2,566 m). Já o compartimento de bagagens do Fiat oferece 370 litros ao passo que no Hyundai são 300 litros, no Renault (320), no Caoa Chery (420) e no Volkswagen (415), para comparar.
Motor 1.3 naturalmente aspirado
A chegada do Fiat Pulse veio acompanhada da estreia da motorização tricilíndrica 1.0 turbinada (T200) encontrada nas configurações Pulse Drive Turbo 200, Pulse Audace Turbo 200 e Pulse Impetus 200.
Depois de avaliar a configuração mais cara da família no Circuito Panamericano (SP) à ocasião do lançamento (leia nossas impressões), agora chegou a vez de conhecer as reações do Pulse Drive 1.3 com o novíssimo câmbio continuamente variável (CVT) de sete marchas simuladas.
Dependendo da utilização, você não sentirá falta das respostas proporcionadas pelo bloco 1.0 sobrealimentado, pois o conjunto motor/câmbio está muito bem calibrado à proposta. Obviamente, o comportamento em baixas rotações é inferior ao do Pulse Impetus 200, mas depois de vencida a inércia a dirigibilidade proporcionada é prazerosa.
A transmissão CVT de sete marchas simuladas, a qual também estreou na picape Strada Volcano e Ranch (leia mais) proporciona andar em grande parte do tempo em torno das 1.500 rpm e transmitindo um funcionamento silencioso/suave. Somente ao cutucar o pedal do acelerador e elevar a rotação na faixa acima de 4.000 rpm, que o ruído do propulsor invade a cabine – nada que incomode ou desabone o isolamento acústico da cabine.
As novas leis de emissões do Proconve reduziram os números de desempenho para 98 cv (gasolina) e 107 cv (etanol). Mesmo assim, o torque de até 13,7 kgfm a 4.000 rpm, quando abastecido com o combustível vegetal, junto da calibração das suspensões, garantem uma condução bacana. Aliás, o acerto realizado filtra/absorve muito bem as irregularidades do piso, além de assegurar uma rolagem mínima da carroceria nas curvas.
A direção assistida eletricamente é precisa ao esterço, sendo leve em baixas velocidades, o que atribui maior conforto nos momentos das manobras e das balizas. Já ao acionar a tecla Sport no volante, o Fiat Pulse fica mais aceso e a direção ligeiramente mais pesada. Já a modulação do pedal do freio é bem progressiva ao passo que são empregados discos ventilados de 257 mm no eixo dianteiro e tambores de 203 mm atrás.
Se a ideia é fugir do asfalto, o Fiat Pulse oferece ângulo de entrada de 20,3º, de saída (31,4º) e uma altura mínima do solo de 18,8 cm. Além disso, há o controle de tração TC+, que ajuda a superar os pisos com baixa aderência. Ainda em segurança, há isofix para fixação de bancos infantis, assistente de partida em aclives (Hill Holder), sensor de pressão dos pneus e quatro airbags, para citar.
Opcionais
Estão disponíveis três pacotes opcionais. O Pack Connect////Me (R$ 3.650 e R$ 3.766 para São Paulo) é composto pelo Fiat Connect////Me, navegação inteligente embarcada e o espelho retrovisor interno eletrocrômico.
O Pack Plus (R$ 4.300 ou R$ 4.437 para SP) adiciona câmera traseira com linhas adaptativas, carregador wireless para smartphones, Keyless Entry’n Go, partida remota e teto bicolor na cor Preto Vulcano.
Por fim, o Pack Multimídia 10,1” (R$ 500 e R$ 516 para São Paulo) traz central multimídia com tela de 10,1″ touchscreen, Apple Car Play e Android Auto wireless, comandos de voz, bluetooth, MP3, rádio AM/FM, entrada Auxiliar, porta USB-A e USB-C, além do sistema de navegação GPS embarcado.
Sem dúvidas, o Fiat Pulse reúne as qualidades necessárias para vender muito e se tornar um novo “queridinho” dos brasileiros.
FICHA TÉCNICA
FIAT PULSE DRIVE 1.3 FLEX AUTOMÁTICO
Preço básico: R$ 93.990 (R$ 96.975 em São Paulo)
Carro avaliado: R$ 99.790 (R$ 102.960 em SP)
Emissão de CO2: 98 g/km
Com etanol: zero
Nota do Inmetro: B
Fiat Pulse Drive 1.3 Flex Automático
Motor: quatro cilindros em linha 1.3, 8V
Cilindrada: 1.332 cm³
Combustível: flex
Potência: 98 cv a 6.000 rpm (g) e 107 cv a 6.250 rpm (e)
Torque: 13,2 kgfm a 4.250 rpm (g) e 13,7 kgfm a 4.000 rpm (e)
Câmbio: continuamente variável (CVT), sete marchas simuladas
Direção: elétrica
Suspensão: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: discos ventilados (d) e tambores (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,099 m (c), 1,774 m (l), 1,576 m (a)
Entre-eixos: 2,532 m
Pneus: 195/60 R16
Porta-malas: 370 litros
Tanque: 47 litros
Peso: 1.187 kg
0-100 km/h: 12s2 (g) e 11s4 (e)
Velocidade máxima: 173 km/h (g) e 177 km/h (e)
Consumo cidade: 12,9 km/l (g) e 9,2 km/l (e)
Consumo estrada: 14,3 km/l (g) e 10,4 km/l (e)
Nota do Inmetro: B
Classificação na categoria: A (utilitário esportivo compacto)
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