Por  Guilherme Silva

O Mini Countryman introduziu a marca britânica no segmento de SUVs compactos em 2010, numa época em que a categoria ainda não tinha tanta relevância. Após sofrer muitas mudanças ao longo dos anos para se enquadrar às exigências do mercado, o crossover desembarca no Brasil totalmente renovado em sua terceira geração – e movido só a eletricidade.

O novo Countryman é feito sobre a plataforma UKL2, desenvolvida para permitir a eletrificação plena. Uma bateria de 66,4 kWh acomodada sob o assoalho do carro garante 320 quilômetros de autonomia (nas rigorosas medições do Inmetro) e dois motores elétricos atuam simultaneamente tracionando as quatro rodas do modelo.

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A nova arquitetura fez o Countryman crescer significativamente em relação à geração anterior:
• passou a 4,43 metros de comprimento (um ganho de 13,6 cm),
• 1,84 metro de largura (+2 cm),
• e 1,64 de altura (+7 cm).
• E a Mini soube aproveitar muito bem os modestos 2 cm extras do entre-eixos (2,69 m) para ampliar o espaço para passageiros e aumentar o porta-malas para ótimos 460 litros (+55 litros).

(Divulgação)
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Agora aposentando de vez a telinha diante do motorista, todas as informações e quase todos os controles ficam na tela central redonda, localizada fora do campo de visão do motorista (uns poucos atalhos físicos)

O visual ganhou ares futuristas com faróis de LED adaptativos mais geométricos, além da grade que ocupa boa parte da área frontal. A traseira, por sua vez, tem aparência genérica, apesar das carismáticas lanternas que reproduzem a bandeira da Inglaterra quando acesas.

Mas é na cabine que a evolução do novo Mini Countryman mais se destaca.
• 
No centro do painel, a tela OLED em formato redondo tem 9,4” e dá ao hatch o conhecido toque retrô,
• com direito a grafismo dos anos 60,
• e ainda concentra todas as informações do carro, desde as do GPS até as configurações mais avançadas de modos de condução.
• A conexão com celulares Android e Apple é feita sem a necessidade de cabos.

(Divulgação)

O acabamento é bastante caprichado, mesclando superfícies emborrachadas e tecidos de material reciclado.

Os puxadores verticais das portas reforçam o ar moderno.

A configuração de entrada, Exclusive (R$ 294.990), oferece:
• 
rodas de 18 polegadas,
• ar-condicionado digital de duas zonas,
• bancos dianteiros com regulagem elétrica e até massagem para o motorista,
• e assistente automático de estacionamento,
• controle de cruzeiro adaptativo,
• monitor de ponto cego,
• e frenagem autônoma de emergência.

Já na Top (R$ 339.990), o novo Countryman recebe:
• 
rodas aro 20”,
• acabamento interno exclusivo,
• bancos esportivos John Cooper Works,
• head-up display,
• teto solar panorâmico,
• câmera interna,
• sistema de som premium Harman Kardon,
• assistente de direção,
• e GPS nativo com realidade aumentada.

Os motores – um por eixo – funcionam como uma tração integral, entregando 306 cv e 494 Nm de torque instantâneo para levar o crossover de 0-100 km/h em 5,8 segundos. Ele responde prontamente ao acelerador e, pelos alto-falantes, emite um ruído de nave espacial conforme ganha velocidade.

atuação simultânea dos motores garante boa aderência nas curvas e ainda permite encarar um off-road leve, como se fosse 4×4.

As suspensões têm acerto mais confortável que o da geração anterior e a boa altura do solo evita que o Countryman raspe em lombadas ou valetas.

Mini Countryman SE ALL4 Top

Motores: um por eixo, elétricos, síncronos
Combustível: eletricidade
Potência: 306 cv
Torque: 494 Nm
Câmbio: caixa redutora com relação fixa
Direção: elétrica
Suspensões: McPherson (d) e multilink (t)
Freios: discos ventilados (d/t)
Tração: integral
Dimensões: 4,445 m (c), 1,843 m (l), 1,635 m (a)
Entre-eixos: 2,692 m
Pneus: 245/40 R20
Porta-malas: 460 litros
Peso: 2.000 kg
Bateria: 66,4 kWh
0-100 km/h: 5s8
Velocidade máxima: 180 km/h (limitada eletronicamente)
Consumo médio: 5,5 km/kWh (média, na Europa) – 6,6 km/kWh (cidade, na Europa)
Autonomia: 320 km
Recarga máxima: 11 kW (AC) e 130 kW (DC)
Nota do Inmetro: A
Classificação na categoria: A (Médio)