07/12/2019 - 8:00
Faltava ao esperto Peugeot 2008 Griffe THP a opção de câmbio automático. Pois bem, agora não falta mais. Na ponta do lápis, ele é um topo de linha com preço de versão intermediária e custa iniciais R$ 100.990. Recheado de série, entre os itens, oferece seis airbags (frontais, laterais e de cortina), ar-condicionado de duas zonas, central multimídia com tela tátil de 7” e conectividade Android Auto/Apple CarPlay, sensores crepuscular/chuva/estacionamento e teto solar panorâmico. Este último, encontrado apenas no Honda HR-V Touring, cobrado à parte nos Volkswagen T-Cross Comfortline 200 TSI e Highline 250 TSI, além de indisponível no “irmão” Citroën C4 Cactus.
A plástica feita em meados deste ano não seguiu os passos do modelo europeu. Porém, o deixou mais SUV que crossover. As novidades estéticas se concentraram na dianteira, com o para-choque redesenhado e a grade do radiador exibindo elementos tridimensionais, emblema do leão centralizado e acabamento em preto brilhante – mesma tonalidade aplicada no rack de teto e nas capas dos retrovisores. A traseira bem resolvida preservou o desenho das lanternas e o para-choque pronunciado.
Se no passado, o motor 1.6 THP (Turbo High Pressure) vinha associado unicamente ao câmbio manual de seis marchas, eis que a conversa mudou de figura. Segundo a Peugeot, a caixa automática (EAT6) da japonesa Aisin foi retrabalhada e estão disponíveis até 173 cv de potência e 24,5 kgfm de torque a partir de baixos 1.400 rpm, quando abastecido com etanol – a configuração Griffe também é ofertada com o bloco 1.6 aspirado (R$ 91.990).
O bom casamento é comprovado pelas acelerações vigorosas transmitindo um comportamento esportivo, enquanto a transmissão agrada pelo funcionamento suave, com opção de trocas sequenciais para quem deseja dirigir mais esportivamente. Dependendo da situação e ao trafegar em baixa velocidade, as mudanças são acompanhadas de leves trancos. Nada que tire o brilho do 2008 Griffe THP. O tempero apimentado é ajudado pelas suspensões, que receberam uma nova calibração e a dianteira não demonstra mais a tendência de subir demais nos momentos de “pé no porão”.
A caixa automática oferece os modos Sport, Sequencial e Eco, que deixa as respostas mais comedidas e proporciona uma economia de combustível de até 6,5% nos congestionamentos. Já o Grip Control traz os programas Neve, Lama, Areia, Padrão e ESP-OFF (acionado automaticamente a partir de 50 km/h ou na partida do motor).
Com 200 mm de vão livre e 23° de ângulo de entrada, a dianteira do 2008 não enrosca com facilidade em lombadas ou valetas. Para deixar tudo em família, no Citroën C4 Cactus Shine 1.6 THP Pack Automático (R$ 101.090) estão disponíveis 225 mm e 22°, respectivamente.
Bom de guiar, o modelo da Peugeot ainda brinda os passageiros com um interior bem construído e uma posição de dirigir irretocável, com bancos que abraçam bem o corpo e o volante de raio diminuto. O teto solar panorâmico coopera na sensação de amplitude interna, enquanto o porta-malas tem capacidade para 402 litros. Maior comparado ao do Citroën C4 Cactus (320 litros), do VW T-Cross (373 litros) e do Honda HR-V Touring (393 litros).
Apesar do preço pouco acima de R$ 100.000 e do eficiente motor turbinado, o 2008 Griffe THP deve alguns equipamentos presentes no Citroën C4 Cactus Shine 1.6 THP Pack Automático, como o sistema de frenagem automática, os alertas de colisão, de saída involuntária de faixa e de atenção ao condutor, além do indicador de descanso. Uma pena ele chegar ao nosso mercado quando a nova geração já foi revelada no exterior.