O Peugeot 208 é um dos carros mais belos à venda em nosso mercado. Não só isso, como também guarda surpresas nos acabamentos, nas suspensões e na dirigibilidade. Após avaliarmos a topo de linha Griffe, eis a hora do Peugeot 208 Active Pack, que se diferencia do Active pela câmera de ré, pelo o ar-condicionado digital e pelo teto solar panorâmico (exclusivo na categoria).

Feito sobre a nova plataforma CMP (Common Modular Platform), agora ele oferece 4,055 m de comprimento – o Volkswagen Polo possui 4,057 m, só para comparar. Ao abrir a porta, a cabine transmite cuidado na escolha dos materiais, com o painel exibindo um acabamento imitando fibra de carbono e detalhes em black piano. Também aparecem botões de atalho, assim como no SUV 3008, além do desenho dos bancos revestidos em tecido e a densidade das espumas ajudarem no conforto dos ocupantes.

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Outro elogio vai para a posição de dirigir. Uma apreciada característica já vista no antigo 208, com amplos ajustes do banco e da coluna de direção em altura/profundidade – o conceito Peugeot i-Cockpit debutou no estudo SR1, em 2010, só para citar.

O volante de raio reduzido oferece uma empunhadura exemplar, enquanto o quadro de instrumentos do Peugeot 208 Active Pack é “convencional” e não do tipo 3D, a exemplo das opções Allure e Griffe. O multimídia com tela tátil de 7″ não mudou e nem precisava. Afinal, tem uma interface intuitiva e Android Auto/Apple CarPlay.

Ao contrário da Nova Fiat Strada, por exemplo, a conexão requer o uso de cabo. São encontradas duas entradas USB e o carregador de smartphone por indução não está presente nesta configuração (a partir da Allure).

Quem viaja atrás do Peugeot 208 Active Pack dispõem de bom espaço para as pernas/joelhos devido aos 2,538 m de entre-eixos – superior ao Hyundai HB20 (2,530 m), porém, menor frente ao Chevrolet Onix (2,551 m) ou ao Volkswagen Polo (2,565 m). O porta-malas do Peugeot comporta 265 litros contra 275 do Chevrolet Onix, enquanto são 300 litros no Hyundai HB20 e no Volkswagen Polo.

Condução sem turbo

Mesmo sem o uso do turbocompressor, ao volante o conjunto transmite uma boa dirigibilidade. E o motor aspirado 1.6 conectado ao câmbio automático de seis marchas – presente em toda a gama – está condizente à proposta. É como o editor Flavio Silveira escreveu em sua avaliação da configuração Griffe: “tudo é uma questão de prioridades”.

Poderia trazer a mecânica 1.2 turbo do modelo europeu? Sim. Entretanto, isso implicaria em custos e nem todo consumidor faz questão de uma mecânica turbinada. Aliás, o quatro cilindros do Peugeot 208 não faz feio e ainda traz os modos ECO e Sport.

O primeiro é voltado para a eficiência ao promover respostas comedidas e o câmbio muda as marchas em torno das 1.500 rpm. É possível rodar na cidade em velocidade de 50 km/h, com a sexta já engatada.

Desta forma, contribuindo no consumo e no conforto acústico – o isolamento da cabine é digno de palmas! Já no programa Sport, as respostas ficam mais acesas e quem quer uma pitada de esportividade pode fazer mudanças sequenciais pela alavanca.

Suspensões, que surpresa

Uma grande evolução da novidade da Peugeot está na calibração das suspensões. Elas trabalham de maneira silenciosa e filtram/absorvem muito bem as irregularidades do piso. Nada de batidas secas ou final de curso ao passar por lombadas ou cair em buracos.

O Peugeot 208 chegou ao nosso mercado pelos valores de: Active (R$ 74.990), R$ 82.490 (Active Pack), R$ 89.490 (Allure) e R$ 94.990 (Griffe).

No entanto, de acordo com o que noticiamos neste mês no “Blog Sobre Rodas”, o Peugeot 208 pode ser encontrado com preços entre R$ 3.000 e R$ 5.000 abaixo da tabela oficial. Portanto, essa versão Active Pack do Peugeot 208 sai por R$ 79.990.

No frigir dos ovos, o Peugeot 208 Active Pack é um bom produto, mesmo sem oferecer uma mecânica sobrealimentada. Segundo o fabricante, a garantia é de três anos e o preço das revisões, fixos.


FICHA TÉCNICA

Preço básico: R$ 74.990 (Allure)
Carro avaliado: R$ 82.490

Motor: 4 cilindros em linha 1.6, 16V, comando variável na admissão
Cilindrada: 1587 cm³
Combustível: flex
Potência: 115 cv a 5.750 rpm (g) e 118 cv a 5.750 rpm (e)
Torque: 16,1 kgfm a 4.750 rpm (g) e a 4.000 rpm (e)
Câmbio: automático sequencial, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: McPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,055 m (c), 1,738 m (l), 1,45 m (a)
Entre-eixos: 2,538 m
Pneus: 195/55 R16
Porta-malas: 265 a 1.163 litros
Tanque: 47 litros
Peso: 1.153 kg
0-100 km/h: 12,6 s (g) e 12 s (e)
Vel. máxima: 190 km/h
Consumo cidade: 10,9 km/l (g) e 7,5 km/l (e)
Consumo estrada: 13,1 km/l (g) e 9,0 km/l (e)
Emissão de CO2: 113 g/km com etanol = 0 g/km
Nota do Inmetro: C
Classificação na categoria:D (Compacto)