17/01/2020 - 8:05
Essa ainda não é a versão de produção do Honda E, exibida no Salão de Frankfurt, que chega ano que vem, mas a marca japonesa parece determinada a fazer seu primeiro modelo 100% elétrico virar o centro das atenções desde agora. Moderno e compacto, com 3,90 m de comprimento, o carrinho foi apresentado em versão conceitual no Salão de São Paulo do ano passado e deve ser vendido por aqui, também, ainda em 2020.
O Honda e é um carro que imediatamente conquista simpatia: ele foi projetado em Tóquio, claramente inspirado na primeira geração do Civic – que nasceu como um hatch –, mas tem traços que lembram o N360, lendário K-car (carro compacto do Japão) lançado nos anos 1960 pela marca.
Construído em uma plataforma inédita, que servirá de base para outros elétricos (segmentos B e C), o Honda e tem motor e tração traseiros. A bateria de íons de lítio, com capacidade de 35,5 kWh, fica sob o assoalho, como em todos os elétricos recentes, enquanto central eletrônica e carregador estão na dianteira. Assim, o peso é dividido quase igualmente entre os eixos, garantindo ótima dinâmica – ainda mais com tração traseira. O motor tem 150 cv e 30,8 kgfm (potência e torque similares aos do Nissan Leaf).
No interior do Hinda e, foi feito um enorme esforço para tornar o compartimento de passageiros “mais humano”. Nos revestimentos, foram usados materiais de móveis domésticos, para enfatizar uma certa continuidade com o ambiente encontrado em casa. O carro é homologado para quatro ocupantes: na frente há bastante espaço, mas atrás os pés ficam apertados devido ao assoalho mais alto que o normal (a bateria fica abaixo dele).
O porta-malas do Honda e é definitivamente pequeno (a marca não divulgou ainda a capacidade). Para abri-lo, basta aproximar o smartphone, por meio do qual – com um aplicativo dedicado – também se pode gerenciar o carro remotamente.
Divertido de dirigir, o Honda E responde sempre com extrema vivacidade, uma característica geral dos carros elétricos. A distribuição de peso ideal o torna ágil e responsivo aos comandos, com 0-100 km/h em ótimos 8,5 segundos.
Como nos Mercedes-Benz elétricos, as aletas no volante do Honda e servem para ajustar o nível de recuperação de energia nas frenagens, e um botão no túnel central aciona o modo que permite guiar usando apenas o pedal do acelerador (como no Nissan Leaf).
A capacidade da bateria, 35,5 kWh, é um pouco menor que nos rivais, e por isso mesmo permitiu que os engenheiros criassem um carro ainda mais leve e ligeiro – obviamente, às custas de uma menor autonomia. No entanto, de acordo com a Honda, ele é capaz de rodar mais de 200 quilômetros com uma recarga (de novo, como o Leaf).
É mais que suficiente para garantir mobilidade em ambiente urbano. Além disso, 80% da bateria é carregada em meia hora em pontos rápidos. Quanto ao preço, fala-se hoje em
€ 30 mil (R$ 125 mil em conversão direta). Então, a princípio, não será um elétrico para todos, mas um produto de elite, para lançar moda e tendências.
Ficha técnica:
Honda E
Preço básico (Europa): R$ 125.000
Carro estimado (Brasil): R$ 185.000
Motor: elétrico síncrono, traseiro
Combustível: bateria
Potência: 150 cv
Torque: mais de 30,8 kgfm
Câmbio: relação fixa
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: n/d
Tração: traseira
Dimensões: 3,90 m (c), 1,72 m (l), 1,51 m (a)
Entre-eixos: 2,53 m
Pneus: n/d
Porta-malas: n/d
Peso: 1.500 kg
0-100 km/h: 8s5
Velocidade máxima: 145 km/h
Consumo cidade: mais de 6,5 km/kWh
Consumo estrada: n/d
Bateria: 35,5 kWh
Autonomia: mais de 200 km (estimada)
Recarga: 18 a 37 horas horas (6,6 kW), 6 horas (6,6 kW com Wallbox) ou 80% em 30 minutos em estações de recarga elétrica rápida
Nota de consumo: A*
Classificação na categoria: A* (*notas estimadas)