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O controle pela indiana Tata fez muito bem à Land Rover, e esse Range Rover Sport 2018 mostra o amadurecimento da marca – ainda totalmente inglesa na concepção e no desenvolvimento de seus veículos. Após aposentar a construção sobre chassi, baseada no antigo Discovery, e adotar o monobloco de alumínio do Range Rover Vogue, agora o Range Sport ganha um face-lift inspirado no Velar (confira aqui a avaliação), mais recente criação da marca, e interior igualzinho ao dele.

São seis pacotes de acabamento/equipamentos, combinados a duas opções de motor a diesel (3.0 V6 de 306 cv ou 4.4 V8 de 339 cv) e quatro a gasolina (2.0 de 300 cv, V6 3.0 de 380 cv e V8 5.0 de 525 cv ou 575 cv). De pronta entrega, a marca tem a SVR (R$ 739.600) e duas V6 a diesel, a HSE (R$ 488.229) e a SE (R$ 440.211). Foi essa última que avaliamos, adicionada de som Meridian e rodas de 21”, que elevam o preço para R$ 448.471.

É bastante dinheiro para um carro, mas ele entrega tudo que você pode precisar. Ou quase, por se tratar de uma versão “básica”. Faltam mimos e supérfluos, como piloto automático adaptativo e frenagem automática, mas há alerta de ponto-cego e assistente de faixa. Não há ar de três zonas ou head-up display, mas há teto panorâmico, bancos elétricos e geladeira. A chave presencial só dá a partida, mas a tampa do porta-malas é motorizada e até mesmo o ajuste do volante é elétrico (e muito amplo!).

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Tudo em um interior que talvez seja o mais belo do mundo hoje. E não só pelo acabamento nobre, onde tudo é macio e sofisticado. Não só pelo espaço enorme, graças a 3 m de entre-eixos, pelos dois porta-luvas e inúmeros porta-objetos. O que mais chama a atenção é o sistema Touch Pro Duo. Além do cluster digital TFT de 12,3” e da telona central de 10” wide, o novo Range tem outra tela, também sensível ao toque e de 10”. Os três displays são configuráveis: informações off-road e de consumo, multimídia, mapas e funções podem ser vistas em qualquer parte. Inovador e fácil, tem uma única falha: não é compatível com Android Auto/Apple CarPlay.

Ao volante, também não deve nada. São exagerados 71,4 kgfm e uma enorme desenvoltura – o SUV vai de 0-100 km/h em 7s2 e chega a velocidades absurdas sem nunca precisar se esforçar. O V6 trabalha em absoluto silêncio e sem vibrar com o câmbio de oito marchas e parece até ser a gasolina, exceto pelo consumo: marcamos médias de
9 km/l na cidade e 13 na estrada (120 km/h a 1.800 rpm), excelente para um carro desse porte e capaz de subir paredes.

Sim, porque parte do que o Range sabe fazer seus donos nunca fazem: off-road pesado, graças ao DNA, à tração integral com reduzida, ao Terrain Response (seletor de terreno) e às suspensões com molas a ar de altura ajustável (até 27,8 cm de vão livre). Mas gostam de saber que podem. Para terminar, apesar do nome, o Range Sport não faz curvas como um esportivo, mas é mais estável do que 99% dos SUVs. E, nas retas, segue fino como um sedã de luxo, mas com uma sensação extra de solidez. Precisa mais?


Ficha técnica:

Range Rover Sport SE

Preço básico: R$ 440.211
Carro avaliado: R$ 448.471
Motor: 6 cilindros em V 3.0, 24V, turbodiesel com intercooler
Cilindrada: 2993 cm³
Combustível: diesel
Potência: 306 cv
Torque: 71,4 kgfm
Câmbio: automático sequencial, oito marchas
Direção: elétrica
Suspensões: duplo triângulo (d) e integral-link (t), amortecedores a ar, altura ajustável em três níveis
Freios: discos ventilados (d/t)
Tração: integral, com reduzida e seletor de terreno
Dimensões: 4,879 m (c), 2,073* m (l), 1,803 m (a) *retrov. rebatidos
Entre-eixos: 2,923 m
Pneus: 275/45 R21 (d/t) – opcional 275/40 R22
Porta-malas: 780 litros até teto; 1.868 c/ banco rebatido
Tanque: 86 litros
Peso: 2.170 kg
0-100 km/h: 7s2
Vel. máxima: 209 km/h
Consumo cidade: 9,7 km/l
Consumo estrada: 12,4 km/l
Emissão de CO²: 186 g/km
Nota do Inmetro: D
Classif. na categoria: B (SUV Grande)