A Toyota Hilux reina no segmento de utilitários médios e, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), de janeiro a julho deste ano, registrou 23.812 unidades licenciadas. Para seguir líder à frente das rivais Chevrolet S10, Ford Ranger, as Mitsubishi L200 TritonL200 Triton Sport, Nissan Frontier e Volkswagen Amarok, a “picapona” fabricada em Zárate, na Argentina, debutou um design renovado, novos itens de conforto/segurança e uma injeção de ânimo na mecânica.

O segundo facelift desta oitava geração trouxe uma dianteira totalmente reformulada exibindo novo para-choque frontal com molduras redesenhadas em preto brilhante nos faróis de neblina de LED, grade do radiador trapezoidal maior e arranjo interno dos faróis revistos. Aliás, eles são Full Led nesta versão de topo SRX.

Os ares de frescor seguem pela lateral e há repetidores de seta nos retrovisores com máscara negra e rodas redesenhadas de 18” calçadas por pneus Bridgestone Dueler H/T de medidas 265/60. Atrás, apenas na SRX, as lanternas exibem um contorno em LED, com formato similar ao do número três.

As modificações estéticas feitas na linha 2021 da Toyota Hilux alteraram o comprimento da carroceria de 5,315 m para 5,325 m, enquanto as demais medidas permaneceram inalteradas.

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E por dentro?

A Toyota Hilux mudou no que precisava por fora, contudo, a cabine também subiu um degrau ao incluir o multimídia da JBL de 8” com conectividade Android Auto/Apple CarPlay (com fio) e o sistema de áudio composto por nove alto-falantes, também assinado pela JBL.

A grafia do quadro de instrumentos foi revista, além da versão SRX ainda oferecer ventilação nos bancos frontais ajustáveis eletricamente, saídas de ar dedicadas aos ocupantes traseiros,  ganchos atrás dos encostos dianteiros e tomada de 220V sob o descansa braço frontal. Apesar disso, o enfadonho reloginho digital segue firme e forte no painel.

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Como a caçamba é um fator decisivo em uma picape, a da Toyota Hilux 2021 possui 1,569 m de comprimento, 1,645 m de largura, 481 mm de altura, com capacidade de carga de 1.000 kg e volumétrico de 1.000 litros. Uma crítica vai para o peso da tampa pela falta da mola a gás que diminuiria o esforço nos momentos de abrir/fechar o compartimento de cargas. 

Tudo muito legal, mas como anda?

O motor de quatro cilindros 2.8 diesel (nomenclatura 1GD) passou a render extras 27 cv de potência e 5 kgfm de torque indo a 204 cv e 50,9 kgfm. Antes estavam disponíveis 177 cv e 45,9 kgfm. Um fôlego adicional graças ao novo turbocompressor maior variável e a reprogramação da central eletrônica, enquanto a cabeça dos pistões recebeu um tratamento superficial por conta das maiores temperaturas.

A transmissão de seis marchas continua a mesma e ainda manteve o antiquado trilho de posições das marchas. Ao volante, a Toyota Hilux acorda transmitindo disposição com rápidas acelerações e boas retomadas. E quem desejar uma pitada de esportividade pode trocar sequencialmente as marchas somente pela alavanca.

Comparativo de potência e torque entre as concorrentes:
Chevrolet S10 High Country (a partir de R$ 258.250): 2.8 16V com 200 cv e 51 kgfm;
Ford Ranger Limited: (preço sugerido de R$ 279.990): 3.2 20V de 200 cv e 47,9 kgfm;
Mitsubishi L200 Triton Sport HPE-S (a partir de R$ 279.990): 2.4 16V com 190 cv e 43,9 kgfm;
Nissan Frontier LE:(a partir de R$ 261.690): 2.3 16V com 190 cv e 45,9 kgfm;
Volkswagen Amarok V6 (a partir de R$ 292.390): V6 3.0 com 258 cv e 59,1 kgfm.

Toyota Hilux SRX 2021
Foto: Roberto Assunção

Embora não sejam novidades, os modos de condução Power Mode e Eco Mode alteram o comportamento da picape, sendo o primeiro focado no desempenho e o segundo em prol da eficiência. Neste último, na estrada indo a 80 km/h o ponteiro do conta-giros repousa nas 1.250 rpm e a 100 km/h, em 1750 rpm. A mudança na mecânica da Hilux também cooperou no consumo e durante nossa avaliação o computador de bordo registrou médias de 14,7 km/l (estrada) e de 12,4 km/l (cidade).

O conforto de rodagem foi evidenciado após a adoção dos novos coxins da carroceria e dos amortecedores de maior diâmetro, que suportam bem as irregularidades do piso garantindo ainda um bom controle de carroceria. Entretanto, a direção é hidráulica ao contrário de assistida eletricamente, como na Chevrolet S10 e na Ford Ranger. Ou seja, é preciso realizar um esforço a mais na hora das manobras/balizas. Já quem encara trajetos no fora-de-estrada, o seletor de tração traz os modos 4×2, 4×4 e 4×4 com reduzida, além do controlador de velocidade de descida, para citar.

Em segurança, estão presentes sete airbags (frontais, laterais, de cortina e de joelhos para o motorista), controles eletrônicos de tração/estabilidade somados a vinda do controlador de velocidade adaptativo (ACC) e dos alertas de colisão frontal com acionamento do freio de emergência e de saída involuntária de faixas.

Toyota Hilux SRX 2021
Foto: Roberto Assunção

São evoluções em uma picape consagrada tanto no Brasil quanto ao redor do mundo.


FICHA TÉCNICA
TOYOTA HILUX SRX 2021
Preço básico: R$ 280.390
Carro avaliado: R$ 280.390

Toyota Hilux SRX 2021
Motor: quatro cilindros em linha 2.8, 16V, duplo comando de válvulas, injeção direta, turbo
Cilindrada: 2755 cm³
Combustível: diesel
Potência: 204 cv a 3.400 rpm
Torque: 50,9 kgfm a 2.800 rpm
Câmbio: automático, seis marchas
Direção: hidráulica
Suspensões: braços sobrepostos (d) e eixo rígido (t)
Freios: Discos ventilados (d) e tambor (t)
Tração: integral temporária
Dimensões: 5,325 m (c), 1,855 m (l), 1,815 m (a)
Entre-eixos: 3,085 m
Pneus: 265/60 R18
Caçamba: 1.000 litros
Tanque: 80 litros
Peso: 2.090 kg
0-100 km/h: 12s
Velocidade máxima: 180 km/h
Consumo cidade: 9,7 km/l
Consumo estrada: 11,1 km/l
Emissão de CO2: 193 g/km
Com etanol = 0 g/km
Nota do Inmetro: D
Classificação na categoria: B (picape)

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