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A Hilux Flex chegou à nova geração, e é opção única no mercado. Não há hoje outra picapona bicombustível com câmbio automático. Quer dizer, Fiat Toro e Renault Oroch são novas e boas opções se você abrir mão do porte, status e robustez de uma picape old style, construída sobre chassi. Além do motor flex e das mudanças da geração, a grande novidade dessa flex está no câmbio automático, que ganhou duas velocidades, garantindo fôlego extra à picape. Com a redução das primeiras marchas, a maior melhora aparece nas saídas, quando a Hilux de quatro marchas era preguiçosa. E isso pesava contra ela, principalmente no uso urbano.

A agilidade nas retomadas também aumentou, e ainda há modo Sport e a opção de trocas sequenciais na alavaca. Não que o desempenho empolgue, está longe disso, mas melhorou bastante. Na estrada, quinta e sexta alongadas permitem ao motor girar baixo (a 120 km/h são 2.000 rpm). E isso reduz consumo e ruído: só se ouve o motor 4 cilindros nas esticadas. E o 2.7 flex evoluiu: entre outras mudanças, ganhou duplo comando variável e eliminou o tanquinho de partida a frio. Combinadas, essas modificações reduziram o consumo em 7%. Não que ele seja bom.

Segundo o Inmetro, com etanol a Hilux faz 4,9 km/l na cidade e só 5,9 km/l na estrada. Tem nota D na categoria e E no ranking geral. É, não há milagre para peso e aerodinâmica de uma picapona (gasta io mesmo que rivais de câmbio manual). Para tentar economizar mais, vale ativar o botão Eco no console, que deixa a picape mais relaxada (enquanto o modo Power a deixa um pouco mais arisca). São três versões, todas automáticas. A básica SR (não tão básica) sai por R$ 111.700, e a SRV 4×4 custa R$ 131.200.

Em um percurso na terra com a intermediária SRV 4×2 (R$ 120.800), percebemos que, apesar das suspensões mais macias e confortáveis que a média, a traseira tende a escapar. E aí os novos controles de tração e estabilidade são muito bem-vindos. Agem rápido e mantêm a picape na estrada. Com boa combinação de conforto, acabamento, equipamentos e central multimídia completa – embora ruim de mexer –, a Hilux Flex é uma boa opção diante da falta de opções do mercado. Se você não se satisfizer com uma Toro ou uma Oroch…

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Ficha técnica:

Toyota Hilux Flex SRV AT 4×2

Preço básico: R$ 111.700
Carro avaliado: R$ 120.800
Motor: 4 cilindros em linha 2.7, 16V, duplo comando variável
Cilindrada: 2694 cm3
Combustível: flex
Potência: 159 cv a 5.000 rpm (g) e 163 cv a 5.000 rpm (e)
Torque: 25,0 kgfm a 4.000 rpm (g/e)
Câmbio: automático sequencial, seis marchas
Direção: hidráulica
Suspensões: duplo A (d) e eixo rígido com molas semielípticas (t)
Freios: discos ventilados (d) e tambor (t)
Tração: traseira (SRV AT: traseira ou 4×4, com reduzida)
Dimensões: 5,330 m (c), 1,855 m (l), 1,815 m (a)
Entre-eixos: 3,085 m
Pneus: 265/65 R17
Caçamba: 850 kg/ 1.100 litros
Tanque: 80 litros
Peso: 1.860 kg
0-100 km/h: 14s5 (MOTOR SHOW)
Velocidade máxima: não divulgada
Consumo cidade: 7,1 km/l (g) e 4,9 km/l (e)
Consumo estrada: 8,5 km/l (g) e 5,9 km/l (e)
Nota do Inmetro: E
Emissão de CO2: 186 g/km (com etanol = 0 g/km)
Classificação na categoria: C (Picape)