23/09/2019 - 13:02
Apresentada no Salão de São Paulo do ano passado, a Toyota Hilux GR-S é uma versão desenvolvida pela divisão esportiva Gazoo Racing. Com 420 unidades destinadas ao Brasil e importada da Argentina, ela se diferencia pelo visual.
Substituta da SR Challenge, que era a versão esportivada pré-reestilização, a nova GR-S traz grade frontal do tipo colméia, faróis de LED com máscara negra e luzes diurnas (DRL), capô, teto, capas dos retrovisores e maçanetas pintados em preto, rodas de 17”, lanternas e logotipos levemente escurecidos, capota marítima, molduras dos faróis de neblina (também de LED) em vermelho e preto brilhante, além de apliques plásticos nos para-lamas, adesivos laterais, santantônio e estribos laterais.
Baseada na versão SRX, traz particularidades como o emblemas GR no botão de partida, nos tapetes, na plaquinha com o número de série e ainda bordados nos encostos de cabeça. Os bancos são forrados em couro com costuras em vermelho – mesma tonalidade do detalhe do painel e das saídas de ar. De série, estão disponíveis ar-condicionado com saída para os ocupantes traseiros, acendimento automático dos faróis, banco do motorista ajustável em altura, partida sem chave, airbags frontais, laterais, de cortina e de joelhos para o motorista, isofix para fixação de bancos infantis, além de controle de tração, assistentes de reboque, de subida, de descida e bloqueio do diferencial.
A central multimídia tem tela tátil de 7″, mas continua a incomodar pela demora nas respostas e a interface pouco intuitiva. Apesar disso, oferece navegador e TV digital. Embora traga câmera de ré, não há os práticos sensores de estacionamento. Muito úteis em um utilitário de mais de cinco metros de comprimento.
Tudo isso tem um preço e a Hilux GR-S sai por R$ 214.990 (R$ 6.650 a mais que a configuração SRX) e oferecida nas cores vermelho e preto metálico ou branco perolizado. Essa última, eleva o valor a R$ 217.340. Ou seja, é mais cara que as rivais VW Amarok V6 Extreme (R$ 205.990), Chevrolet S10 High Country (R$ 198.390), Ford Ranger Limited (R$ 188.990), Nissan Frontier LE (R$ 194.790) e Mitsubishi L200 Triton Sport HPE-S (R$ 188.990).
Esportividade ao volante?
Sob o capô, está o motor 2.8 16V turbodiesel conectado ao câmbio automático de seis marchas para oferecer 177 cv e 45,9 kgfm (sem potência e torque adicionais em relação às demais versões a diesel). Pode não ser um canhão de acelerar como a Amarok V6 de 225 cv, mas, no uso diário, a picape da Toyota acelera com vigor, transmitindo força logo após os giros baixos e deslancha rapidamente.
A vibração em marcha lenta é baixa e estão disponíveis os botões ECO e Power, que alteram a curva do acelerador. O primeiro prioriza o consumo de combustível, enquanto o segundo estica as marchas transmitindo respostas mais brutas. A direção com assistência hidráulica é ligeiramente pesada em baixas velocidades. O isolamento acústico da cabine é bom, mas é possível escutar tanto o barulho da rolagem dos pneus 265/65 All Terrain quanto do motor.
O grande diferencial da Hilux GR-S está onde os olhos não vêem, mas onde o corpo sente. As suspensões foram recalibradas com molas dianteiras endurecidas e novos amortecedores, cooperando no controle do utilitário, principalmente no uso fora de estrada. Está mais amigável ao volante transmitindo menos “pula-pula” e batidas secas quando descarregada. Nas curvas, o novo conjunto permitiu uma menor rolagem da carroceria. A tração 4×4 pode ser acionada em movimento com velocidade de até 100 km/h – a reduzida somente com o veículo parado e a alavanca de câmbio na posição N (Neutro). A Hilux GR-S é uma picape para desfilar por aí esbanjando estilo, assim como oferece uma dirigibilidade interessante e bem resolvida para um utilitário médio.