11/12/2017 - 14:26
As Ford F-150 Raptor e F-150 SVT Lightning, a GMC Syclone, a Dodge Ram SRT10 e a Toyota Tundra TRD Supercharged são algumas das picapes mais insanas de todos os tempos. Mas diferentemente desses foguetes, a série especial Toyota Hilux SR Challenge oferece um visual esportivado no lugar de desempenho radical.
Criada a partir da versão SR diesel, ela estreou na linha 2018 da Hilux (leia aqui) por R$ 161.990. E o visual exclusivo mostra detalhes em preto, como rodas, estribos laterais, protetores dos para-choques, grade do radiador, maçanetas, capas dos retrovisores, Santantônio e logotipos. Completam o pacote os faróis com máscara negra, as lanternas escurecidas e os adesivos nas portas e na tampa da caçamba.
A cabine acompanhou a pegada esportivada do exterior. E o tom vermelho aparece nas costuras dos bancos de tecido, no painel e nos tapetes alusivos à versão. A central multimídia continua sendo alvo de críticas, com problemas tanto na sensibilidade da tela quanto na demora de resposta aos comandos. Embora ofereça câmera de ré, não há os práticos sensores de estacionamento.
E como anda?
Essa Hilux cheia de personalidade divide a atenção dos consumidores ao lado da também esportivada Ford Range Sportrac (R$ 165.990). Entretanto, a picape da Toyota é mais potente e torcuda. Afinal, o 2.8 turbodiesel oferece 177 cv e 45,9 kgfm, enquanto o 2.2 turbodiesel da rival da Ford produz 160 cv e 39,3 kgfm. A disposição da Hilux pode ser maior frente à Ranger, porém, ela fica para trás comparada, por exemplo, à Chevrolet S10 (200 cv e 51 kgfm) e à Nissan Frontier (190 cv e 45,9 kgfm).
Apesar disso, a picapona da Toyota embala com facilidade e menospreza os seus 2.130 kg. A vibração em marcha lenta é baixa, porém, ligeiramente superior a da Chevrolet S10, que ganhou neste ano o CPA (Centrifugal Pendulum Absorver). Essa solução de engenharia aplicada à S10 consiste em seis contrapesos instalados dentro do conversor de torque do câmbio automático, que funcionam em movimento de pêndulo para atenuar os ruídos/vibrações e beneficiar o acoplamento da caixa automática nos giros mais baixos.
O barulho do motor da Hilux se faz presente e invade a cabine ao pisar mais fundo no pedal do acelerador. Já a transmissão de seis marchas passa brevemente as marchas e as trocas sequenciais são feitas pela alavanca. A direção é hidráulica, mas poderia ter assistência elétrica, como a da S10 e a da Frontier. Na Hilux, estão disponíveis dois modos de condução, com os programas Eco e Power. O primeiro deixa as respostas mais suaves ao pedal do acelerador, enquanto no Power as marchas são esticadas transmitindo um comportamento mais vigoroso.
As suspensões parrudas garantem um bom nível de conforto aos passageiros. No entanto, quando a caçamba está descarregada, incomodam as batidas secas vindas do conjunto traseiro composto por eixo rígido e feixes de molas. A tração 4×4 pode ser acionada em movimento com velocidade de até 100 km/h – a reduzida somente com o veículo parado e a alavanca de câmbio na posição N (Neutro).
Na hora de encarar o fora de estrada, os ângulos de entrada e de saída e o vão livre da Hilux são de 31º, 26º e 286 mm, respectivamente. Em segurança, entre os itens, a Hilux SR Challenge traz os controles eletrônicos de tração/estabilidade e o airbag de joelho para o motorista. Essa Hilux é para aqueles consumidores mais preocupados em desfilar por aí esbanjando estilo do que acelerar de 0-100 km/h no menor tempo possível.