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Os crossovers dominaram o mercado, mas não podemos esquecer dos sedãs e dos hatches. Após o início das vendas do Polo, em novembro passado, agora é a vez de o Virtus estrear na linha Volkswagen trazendo o conteúdo, versões e mecânica do irmão hatch. Seria ele “um ponto fora da curva” entre os concorrentes Chevrolet Cobalt/Prisma, Hyundai HB20S, Honda City e o também debutante Fiat Cronos? Tanto Virtus quanto Polo representam uma nova Volkswagen, cuja meta é lançar 20 modelos até 2020, dos quais 13 serão produzidos no Brasil, dois na Argentina e cinco serão importados. O sedã é produzido na fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e assim como o Polo é feito sobre a moderna plataforma modular MQB A0. O Brasil é o primeiro país do mundo a comercializá-lo e o Virtus também será exportado para 15 países da América Latina.

Serão três versões: 1.6 MSI (R$ 59.990) e as turbinadas 200TSI Comfortline (R$ 73.490) e Highline (R$ 79.990). Não haverá motor 1.0 MPI, ao contrário do que ocorre no Polo. De série, todas as versões trazem quatro airbags (frontais e laterais) e isofix para fixação de cadeirinhas. Dependendo da versão, o novo sedã pode oferecer controle de tração/estabilidade/bloqueio eletrônico do diferencial, apoio de braço com saídas para o banco traseiro, assistente de partida em rampas, volante multifuncional, ar-condicionado digital, rodas de liga leve de 16”, sensor de estacionamento e suporte de celular.

Entre os opcionais, há sensores de estacionamento dianteiros/traseiros, porta-luvas refrigerado, monitor de fadiga, quadro de instrumentos totalmente digital Active Info Display, Post Collision System (aciona automaticamente os freios após uma primeira colisão) e sensores crepuscular e de chuva. Olhando-o pela primeira vez, fica a impressão da silhueta inspirada nos modelos cupês. A dianteira é a do irmão Polo, enquanto a traseira exibe lanternas duplas, spoiler integrado na tampa do porta-malas e detalhe cromado. São 4,482 m de comprimento (42,5 cm a mais que o Polo) sendo o Virtus maior que os antigos Polo Sedan (4,198 m) e Polo Classic (4,164 m) e os atuais Chevrolet Cobalt (4,481m)/Prisma (4,282 m), Hyundai HB20S (4,230 m), Honda City (4,455 m) e Fiat Cronos (4,364 m).

O Virtus é o primeiro sedã construído sobre a plataforma modular MQB, no Brasil. Comparado ao Polo, o entre-eixos cresceu para 2,651 m (mesma medida do Jetta) e são 8,6 cm a mais frente ao Polo (2,565 m). Quem viaja atrás encontra bom espaço para as pernas e os joelhos. E o entre-eixos do Virtus é maior, só para citar, que o do Cronos (2,521 m). Já a altura da carroceria é de 1,468 m, enquanto a largura é a mesma do hatch. O porta-malas oferece 521 litros (221 litros a mais que do Polo). É maior que o do Jetta (510 litros) HB20S (450) e Prisma (500), mas menor que o do Cronos (525 litros). O banco traseiro do Virtus pode ser basculado, ampliando a capacidade do compartilhamento de carga, e a versões Comfortline e Highline podem receber opcionalmente o encosto do banco do carona rebatível, recurso que facilita a tarefa de transportar objetos compridos, como uma prancha de surfe.

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Ao volante, fica a sensação de estar dirigindo o Polo, pela dirigibilidade. Na balança a diferença de peso entre eles é de 50 kg. A estrutura do Virtus utilizou aços de ultra e de alta resistência formados a quente nas colunas A e B para obter o máximo em segurança. Assim como o Polo, ele deve conquistar cinco estrelas nos testes de colisão do Latin NCAP. Os motores podem ser aspirado 1.6 MSI com câmbio manual de cinco marchas ou tricilíndrico 1.0 turbo 200TSI da família EA211, associado à transmissão automática de seis velocidades (nas versões Comfortline e Highline). O bloco 200 TSI empolga pela força em baixa e pelas retomadas vigorosas.

A caixa automática passa brevemente as seis marchas, enquanto na estrada é possível andar a 100 km/h com o ponteiro do conta-giros em 2.000 rpm ou a 120 km/h a 2.500 rpm, oferecendo um rodar macio e silencioso. O coeficiente aerodinâmico (Cx) é de 0,315, enquanto o do Polo é de 0,344. A direção elétrica progressiva possui cinco programas de variação, sendo bem leve e precisa ao esterço. E outros destaques estão nas suspensões desenvolvidas para países sul-americanos e voltadas para o conforto. Já os pneus verdes são de uma nova família e diferentes dos utilizados no Polo.

Uma grande sacada no Virtus foi a utilização da inteligência artificial. O aplicativo App Volkswagen contém o que a marca chama de manual cognitivo. O recurso ajuda o proprietário a solucionar qualquer dúvida sobre o carro por meio de escrita, voz ou fotografia. Ele utiliza a tecnologia Watson, criada pela IBM Cloud. Ao todo são mais de 5.000 perguntas gravadas. E quanto mais ela é usada, mais aprende. Na hora da manutenção, as seis primeiras custam R$ 2.852 (1.6 MSI) ou R$ 2.875 (versões 200 TSI). Com tudo isso, o Virtus poderá ocupar um lugar na sua garagem?


Ficha técnica:

Volkswagen Virtus Highline 200 TSI

Preço básico: R$ 59.990
Carro avaliado: R$ 85.590
Motor: 3 cilindros em linha 1.0, 12V, turbo, injeção direta
Cilindrada: 999 cm3
Combustível: flex
Potência: 116 cv a 5.500 rpm (g) e 128 cv a 5.500 rpm (e)
Torque: 20,4 kgfm de 2.000 a 3.500 rpm (g) e 204,4 kgfm entre 2.000 e 3.500 rpm (e)
Câmbio: automático sequencial, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,482 m (c), 1,751 m (l), 1,472 m (a)
Entre-eixos: 2,651 m
Pneus: 205/55 R16 (opcional 205/50 R17)
Porta-malas: 521 litros
Tanque: 52 litros
Peso: 1.192 kg
0-100 km/h: 10s4 (g) e 9s9 (e)
Velocidade máxima: 189 km/h (g) e 194 km/h (e)
Consumo: não divulgado
Emissão de Co2: 106 g/km
Nota do Inmetro: B (estimada)
Classificação na categoria: não divulgada