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Não dá mais para chamar o Voyage de “mini-Jetta” ou o Virtus de “Voyajão”. Não só porque o Jetta mudou, mas porque o Voyage, como o Gol, chega à linha 2019 com um facelift, ganhando opção automática e a frente que já era usada no Gol Track. Mais do que diferenciar visualmente a linha, serviu para dar sobrevida a Gol e Voyage até 2021/2022, quando chega a nova geração. Mas esse novo-velho Voyage ainda vale a pena?

Analisando o VW Polo na versão de entrada, 1.0, concluímos que os R$ 5.000 adicionais em relação ao Gol com o mesmo motor trazem muitas vantagens. Com os sedãs desses carros, a situação muda um pouco, pois temos motores diferentes e preços mais distantes: equipado com câmbio manual, o Voyage custa R$ 52.640 na versão 1.0, enquanto o Virtus parte de R$ 59.990, porque vem só com o motor 1.6 16V, mais potente ou o 1.0 TSI (mais caro ainda). Assim, esse velho sedã pode ser uma boa compra para quem não pode gastar tanto, ou em vez de espaço e segurança prioriza equipamentos.

A unidade avaliada tinha o pacote “Urban completo” (R$ 3.000) – com itens como rodas de liga, chave e vidros elétricos traseiros (que no Virtus MSI são opcionais) e, ainda, retrovisores elétricos, sensor de estacionamento, luz de neblina e volante com ajuste de profundidade (que o Virtus MSI não tem). O som simples custa R$ 1.000, sem tela tátil ou Android Auto, e o completo, R$ 2.100.

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Na cidade, o 3 cilindros (ganhou 4 cv com etanol) tem comportamento exemplar, em muitas situações garantindo mais agilidade que carros de motor maior. O 1.0 12V tem força em baixa e é elástico, “economizando” trocas de marcha – a caixa tem ótimos engates, mas merecia uma sexta na estrada (a 120 km/h são 3.900 rpm, com marcas de 19 km/l).

No mais, o acabamento é simples, mas acima da média, e o espaço é satisfatório. O painel agrada, com boa leitura e computador de bordo (opcional) excelente, enquanto as suspensões são excepcionais no equilíbrio de dinâmica e robustez. Mas a ausência de itens de segurança (ESP e isofix), e a plataforma antiga, que ainda tem itens como direção hidráulica, pesam contra. No entanto, se o orçamento está limitado, o Voyage ainda é agradável de dirigir – tem o melhor motor 3 cilindros do mercado.


Ficha técnica:

Volkswagen Voyage 1.0

Preço básico: R$ 52.640
Carro avaliado: R$ 57.740
Motor: 3 cilindros em linha 1.0, 12V
Cilindrada: 1999 cm³
Combustível: flex
Potência: 75 cv a 6.250 rpm (g) e 84 cv a 6.250 rpm (e)
Torque: 9,7 kgfm (g) e 10,4 kgfm (e) de 3.000 a 3.800 rpm
Câmbio: manual, cinco marchas
Direção: hidráulica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: discos ventilados (d) e tambor (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,218 m (c), 1,656 m (l), 1,463 m (a)
Entre-eixos: 2,467 m
Pneus: 195/55 R15 (opc.)
Porta-malas: 480 litros
Tanque: 55 litros
Peso: 1.016 kg
0-100 km/h: 12s9 (g) e 12s7 (e)
Vel. máxima: 173 km/h (g) e 175 km/h (e)
Consumo cidade: 13,1 km/l (g) e 8,9 km/l (e)
Consumo estrada: 15,3 km/l (g) e 10,7 km/l (e)
Emissão de CO²: 94 g/km
Nota do Inmetro: A
Classificação na categoria: A (Médio)