No caso de um acidente com carros híbridos, o conserto pode exceder o valor do próprio carro. Isso se deve à necessidade de reparar a parte elétrica e, às vezes, substituir também o conjunto de baterias.

SUV da Mercedes, GLE chega ao Brasil com motor inédito

Qualquer que seja sua opinião sobre os carros híbridos, esse é um fator a mais a se considerar. Um dos leitores de nossa parceira italiana Quattroruote escreve dizendo que, depois de um acidente, viu como reparar um carro híbrido plug-in poderia ser caro.

Ao volante de seu Mercedes GLE 500e 4Matic, dirigindo sob más condições climáticas, ele saiu da estrada e acertou um guard-rail. Felizmente, ninguém se machucou. A batifda não foi tão forte, mas o carro não estava funcionava mais após a colisão, e foi necessário levá-lo de guincho à oficina.

Após estimar os danos, o orçamento da oficina foi de aproximadamente 35 mil Euros
(R$ 225.000), dos quais 27 mil Euros apenas em peças de reposição. Tudo bem, será dito, é um SUV premium, o custo das peças é alto. Mas isso vai afetar também o valor do seguro.

LÁ SE VAI A BATERIA

No final do reparo, o carro ainda não dava partida de jeito nenhum. A bateria não funcionava mais, apesar de não parecer ter danos. Depois, de descobriu (no começo, nem o vendedor sabia) que, a fim de garantir a segurança dos ocupantes (e daqueles que eventualmente intervêm para resgate), em caso de colisão com acionamento dos airbags, um interruptor isola completamente o acumulador.

O problema é que essa ação é irreversível: ou seja, após a desconexão, a bateria “morre” e deve ser substituída. Então, para recuperar sua marcha GLE, o leitor teve que gastar mais 16 mil Euros (R$ 102 mil) em baterias (recuperadas, ou custariam ainda mais).

Saldo final: 51 mil euros, ou R$ 330 mil reais. Se ele soubesse disso antes, como nos confidenciou, não teria reparado o carro, já que, no momento do acidente, ele valia cerca de cerca de 48 mil euros. Menos do que o conserto.

O leitor ainda firma que, se tivesse sido informado no momento da compra desses possíveis agravos dos carros híbridos, ele não ele teria comprado um. Tanto que, depois de recuperar o carro, ele o trouxe de volta à concessionária, onde o deixou em troca de um SUV turbodiesel pronto para entrega.

AS RESPOSTAS DAS MARCAS

O que os fabricantes de carros híbridos e elétricos dizem sobre o assunto? Os cultos que responderam (veja acima) sublinham que, no caso de um acidente significativo, a bateria é desconectada, mas nada especifica com relação aos custos de reconexão (ou substituição). Consultamos todos os fabricantes que possuem carros híbrido ou elétricos: confira as respostas.

BMW

Todas as baterias de alta tensão estão equipadas com um sistema de segurança completo. O acumulador é desconectado da fiação de alta tensão do carro por um sistema de segurança multi-redundante, em caso de irregularidades.
HONDA

Quando o sistema detecta uma colisão, o circuito de alta tensão é interrompido. Sistema de energia, carga e SRS acendem. O sistema só pode ser restaurado na oficina, após verificação das partes envolvidas.

NISSAN

Os mais altos padrões foram alcançados para o novo Leaf segurança. A bateria, alojada na parte superior e protegida, evita qualquer contato entre os ocupantes e as peças de alta tensão. Além disso, se ocorrer uma colisão, a energia é cortada por um dispositivo dedicado.

VOLVO

Em caso de acidente, a bateria é desconectada do resto do carro e não há transferência de energia para o exterior. É dada especial atenção ao armazenamento do acumulador, na parte central do corpo, com estruturas de gaiola.

TOYOTA

Se for detectado um impacto pelos sensores do airbag (ou uma corrente de vazamento), a unidade de gerenciamento híbrida abre algumas relé desconectando a bateria, impedindo a circulação de corrente e protegendo o sistema.

SUZUKI

A tecnologia híbrida da empresa é baseada no gerador de partida integrado (ISG). O dispositivo usa baterias de íon de lítio de 12 V sob o banco do motorista. A capacidade da bateria é baixa (3,0 Ah 12V), portanto não há riscos.

PSA

No caso de ativação do airbag, um sinal enviado aos chips de gerenciamento faz com que os relés se abram dentro da bateria de racionamento, para seccionar os módulos de célula com energia de alta tensão. Os resíduos de energia são transformados em calor.