A vida do DeltaWing começou confusa. Ele nasceu como uma opção de novo carro para a Fórmula Indy, mas foi rejeitado pelos organizadores, que decidiram continuar com a Dallara. Eis que a Nissan investiu nesse revolucionário projeto. Pronto, um final feliz. O carro participará das 24 Horas de Le Mans (entre os dias 16 e 17 de junho) na França. É verdade que em caráter experimental e sem pontuar, mas, ainda, glorioso em uma das maiores provas de endurance do mundo.

Projetado pelo designer britânico Ben Bowldy, com participação do empresário Don Panoz e organização do ex-piloto Dan Gurney, o projeto é uma parceria das equipes Highcroft e Michelin com a Nissan. “Mostra a ousadia da Nissan na engenharia de inovação”, diz Paul Willcox, vice-presidente sênior da marca na Europa.

Tudo nele é diferente. O controverso design em forma de flecha – parecido com o do Batmóvel – ajudou a reduzir o peso, o arrasto aerodinâmico e o consumo de combustível. Mais de 70% da massa do DeltaWing está localizada sobre o eixo traseiro, para favorecer a dirigibilidade. O eficiente motor 1.6 com turbo e injeção direta de gasolina rende 300 cv. É menos potente em relação aos seus oponentes. Mas, de acordo com a Nissan, o bólido deverá ter um desempenho semelhante ao dos carros da classe protótipo LMP1 e LMP2.

Os dois pilotos confirmados são Marino Franchitti, irmão de Dario Franchitti, e o piloto de testes da Nissan Michael Krumm. Independentemente do resultado em Le Mans, o DeltaWing ajudará a Nissan a desenvolver novas tecnologias para os seus carros de rua. Enfim, o futuro também chegou ao automobilismo.

O piloto senta bem recuado no cockpit, e os pneus dianteiros têm apenas 10 cm de largura