O carro elétrico vai durar pouco. Segundos estudos de consultorias internacionais, um carro tem vida útil média de 13 anos. Muitos acreditam que os carros do futuro, com mais tecnologia e conhecimento aplicados em sua produção, além de motores elétricos que usam muito menos componentes, durariam mais. 

O Audi e-tron é o elétrico mais recente a chegar no país Foto: Divulgação

Mas não, o que acontecerá é justamente o contrário. Os carros elétricos de um futuro próximo vão durar pouco, muito pouco – apenas três anos, em média. Mas não se preocupe: isso não ocorrerá porque eles serão carros ruins e descartáveis. O Audi e-tron acima, por exemplo, acaba de chegar ao Brasil é um ótimo carro (leia aqui a avaliação). Assim como Jaguar I-Pace e outros já vendidos aqui. Esse podem durar tanto quanto, ou mais, que um carro a combustão (mas as baterias terão que ser trocadas em uns 10 ou 15 anos).

O motivo de os carros elétricos de um futuro próximo durarem pouco é que eles serão compartilhados entre muitas pessoas (se os coronavírus assim deixarem). Deste modo, um carro para uso particular, hoje poucas horas andando e a maior parte do tempo parado em garagens, ruas e estacionamentos. Mas ele dará lugar a carros que serão usados intensamente — para reduzir seu custo e por causa dos novos hábitos automotivos.

O carro elétrico compartilhado (e autônomo) tem um uso extremamente mais severo. Isso porque a lógica dele é que seja o mais usado possível (leia mais aqui sobre este novo uso do carro).

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Assim, se um carro particular hoje passa mais de 90% do tempo parado – na garagem de casa e na garagem da empresa –, um carro compartilhado estará o tempo todo sendo usado. Você deixa, alguém pega, outro usa. Mais lógico, mais barato para todos… mais desgastante para o carro.

Esse carro elétrico compartilhado poderá ser autônomos ou não, mas certamente continuará ganhando espaço no mundo, como vem acontecendo há anos. Essa duração mais curta será um alívio para os fabricantes. Eles passarão a vender menos carros, por causa dos novos conceitos de mobilidade. Mas, com o carro elétrico compartilhado durando tão pouco, venderão com uma frequência maior para repor os carros “desgastados”. Quem sabe, assim até poderão investir em atualizações mais frequentes.

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