Não foi por acaso que escolhemos o Sonic como Destaque MOTOR SHOW 2013 na categoria sedã compacto premium. Ele tem muitas qualidades e merece o título. Mas essa versão manual de R$ 52.900, que avaliamos agora, não é tão tentadora quanto a automática. Talvez por isso ela nem apareça no site da Chevrolet para os consumidores. Comparada ao modelo LTZ automático, no qual é baseada, vem com os mesmos itens de série e custa cerca de R$ 4.700 a menos.

A transmissão manual não é ruim. Os engates são suaves e precisos, e o motor moderno ajuda. No uso urbano, como há bom torque disponível desde as baixas rotações, não é preciso trocar de marcha a toda hora. Mas a questão é: vale a pena abrir mão do câmbio pela economia? A resposta é negativa. Com a caixa automática de seis velocidades, você ganha muito em conforto e nível de ruído. Se achar que a diferença de preço vai pesar no bolso, opte pela versão LT automática de R$ 53.800. Custa quase o mesmo e você perde apenas faróis de neblina e rodas aro 16.

Dentro da cabine, está alinhado com o segmento. O espaço para os joelhos de quem viaja no banco traseiro não é invejável – como no Nissan Versa e no primo-irmão Cobalt –, mas é bom para a proposta. Já o quinto passageiro, como em qualquer concorrente, viaja apertado.

Seu rival mais direto é o Ford New Fiesta Sedan. Básico, é bem mais barato: R$ 47.300; com o pacote mais equiparado ao do Sonic Sedan, sai por R$ 49.730, jácom uns itens a mais; e, por R$ 53.600, pouco mais que esse Sonic, vem superequipado, com itens que ele não tem, como sete airbags, monitor de ponto cego e bancos de couro. E isso porque o New Fiesta ainda é importado. Em breve pode ficar ainda mais barato, já que começa a ser feito em São Bernardo do Campo (SP). Aí está talvez o único problema considerável do Sonic. A Chevrolet precisa reduzir seu preço – o que também pode ocorrer logo, já que o modelo vai deixar de ser importado da Coreia do Sul e virá ao Brasil, com menos impostos, diretamente do México. A briga tende a esquentar.