A simpatia com que as pessoas olham esse carro na rua é impressionante, mais ainda nesta unidade branco perolada com faixas vermelhas (opcionais). Parece que o mundo sorri para você. Lá dentro, porém, o clima não é tão amistoso. A primeira coisa que se nota é que se trata de um carro bem equipado e que sua visibilidade é melhor do que se pode imaginar observando sua carroceria. Em seguida, o motorista percebe que ele não se deu muito bem com nossas ruas esburacadas.

A suspensão faz barulho em certas ocasiões e, sem cerimônia, repassa as irregularidades do solo aos ocupantes. O entre-eixos de 2,30 m nem é tão curto, considerando seu tamanho, mas ainda assim o carro dá suas saltitadas e reage com rispidez. De qualquer forma, tem uma excelente estabilidade, faz curvas com competência e garante segurança. Essa aliás, está muito bem cuidada. O modelo traz controle eletrônico de estabilidade, de tração, auxílio em descidas, freios com ABS e sete airbags, inclusive um para o joelho do motorista.

O painel, no alto, tem a mesma cor da carroceria. O sistema de som tem entrada USB, mas, neste caso, só funciona com o difícil sistema de comando de voz

Apesar dos 100 cv, interessantes para um carro de 930 kg, o cabeçote 16V di culta a uidez urbana, mesmo com câmbio manual (pior com o Dualogic). Ele acelera bem (10s5 de zero a 100 km/h – um Agile 1.4 leva 13s), mas sofre nas retomadas. Para que fique esperto, é preciso manter o motor sempre girando em rotações altas, próximas ao torque máximo (13,4 kgfm a 4.500 rpm), condições em que as 16V rendem bem e garantem potência. Dirigir assim na cidade cansa e eleva o incômodo ruído do motor e também o consumo.

Já na estrada, a situação se inverte: roda com suavidade e valentia e faz boas médias de consumo, fazendo jus ao uso da transmissão de seis marchas. Sua autonomia não é maior porque o tanque (35 litros) é pequeno. Já o habitáculo é relativamente confortável para dois adultos e duas crianças, mas o porta-malas (185 litros) é bastante limitado. O 500 é um carrinho adorável e emocional, para quem quer se diferenciar no trânsito, mas com suas limitações jamais deve ocupar sozinho a garagem de uma família.