01/06/2010 - 0:00
Crise? Que nada. Só mesmo com o mercado aquecido é que se explica a decisão da Audi de importar o S3 para o Brasil. A decisão foi tomada e o esportivo chega às concessionárias na primeira quinzena de outubro. “O S3, assim como os demais veículos da linha S que serão lançados, tem como objetivo ser referência em performance e exclusividade no segmento de hatches premium, atuando como disseminador da imagem da marca”, diz Rafael Clemente, gerente de produto da Audi. MOTOR SHOW foi até a sede da empresa, na pequena cidade de Ingolstadt (Alemanha), testar o esportivo. Mesmo para quem gosta de carros, diferenciar o A3 (comparado com a CLC nesta edição) do S3 não é fácil. Externamente, a grande mudança está mesmo na troca das letras. Os faróis já incorporam a tendência dos outros modelos da marca com uma fileira de LEDs. Na traseira, fibra óptica na distribuição das luzes, e as setas foram integradas aos retrovisores.
O volante, com a parte inferior “achatada”, lembra o de um F-1 e vem com o logotipo S3. O motor 2.0 TFSI gera 265 cv, contra os 200 cv do A3 que já é vendido aqui hoje
* dados da Europa (Audi), com gasolina pura
Internamente, as mudanças são mais visíveis. Basta abrir a porta e os bancos saltam aos olhos. No modelo avaliado, são em couro vermelho e preto, tipo concha. Já o volante lembra o de um F-1. É hora de dar a partida: o ronco denuncia o que está embaixo do capô. Na primeira acelerada, o carro pula para a frente e o corpo do motorista vai no sentido contrário: o motor 2.0 TFSI gera 265 cv, e em 5,6 segundos ele atinge 100 km/h.
Durante três dias, rodei mais de 500 km com o S3. Fora das Autobahns (vias sem limite de velocidade), nas estradas vicinais, é que se pode ver todo o poder de fazer curvas deste automóvel. Algumas eram bem fechadas, mas, mesmo assim, feitas a quase 100 km/h. A tração integral e permanente faz o carro grudar no chão como se estivesse sobre trilhos. “O público alvo do Audi S3 são os apaixonados por performance e que desejam um produto sofisticado, veloz, rápido, divertido e, ao mesmo tempo, seguro”, explica Leandro Radomile, diretor de vendas, marketing e pós-vendas da marca alemã.
A Audi não decidiu ainda qual será a configuração que será vendida no Brasil. A única decisão por enquanto é que o modelo que virá ao Brasil terá o cambio automático S-Tronic. Na Alemanha, dependendo dos opcionais, o S3 pode custar o dobro do A3. Por esse parâmetro, podemos calcular que o S3 não vai chegar ao Brasil por menos de R$ 200 mil. Vai enfrentar, principalmente, o BMW 130i, que tem motor seis cilindros, mas desempenho semelhante.