08/12/2025 - 14:00
De certa forma, o GWM Wey 07 vinha reinando sozinho na sua proposta de SUV híbrido com mais de cinco lugares na faixa dos R$ 400 mil. Só que, agora, a BYD também tem o seu Atto 8 para disputar nesse segmento. Além de ser mais barato (R$ 400 mil, versus R$ 430 mil do GWM), e leva um ocupante a mais (sete, versus seis) ao passo que o Wey 07 traz baterias maiores e autonomia elétrica superior. Nessa briga, quem ganha?
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Para ter essa resposta, vamos dividir esse comparativo em algumas partes: motorização e desempenho, autonomia e recarga, espaço interno e porta-malas e equipamentos de série. Que vença o melhor!
Motorização e desempenho

Algo que os dois tem em comum é a composição mecânica. Isso inclui motor 1.5 turbo a gasolina de quatro cilindros debaixo do capô, unido a dois motores elétricos de tração, um acoplado a cada eixo. Graças a essa especificação, tanto o Atto 8 quanto o Wey 07 trazem tração integral permanente, com as quatro rodas sempre motrizes.

No caso do BYD, falamos de 488 cv de potência com torque na casa dos 71,5 mkgf, sendo 165 cv e 23 mkgf só do 1.5 turbo a gasolina. O GWM sai na frente: entrega 517 cv de potência e mais de 82 mkgf de torque, incluindo os 150 cv e 23 mkgf do 1.5 turbo. Ambos contam com transmissão automática dedicada a híbridos (DHT).

Na performance, um empate exato na aceleração. Os dois, Atto 8 e Wey 07, demoram os mesmos 4,9 segundos para acelerarem de 0 a 100 km/h, mas o BYD alcança uma velocidade máxima maior: 200 km/h, versus 190 do GWM. Ambas são limitadas eletronicamente, vale falar.

Autonomia e recarga
Aqui, dependendo, a vitória pode ser de ambos. Isso porque o Wey 07 leva a melhor no tamanho das baterias (42,5 kWh de capacidade) e autonomia elétrica (201 km, NEDC), contra 35,6 kWh e 152 km do Atto 8, respectivamente. Por outro lado, o BYD consegue uma recarga mais rápida: pode recuperar de 30 a 80% em apenas 20 minutos, ou 6 a menos do que o GWM. Falamos de 60 kW de velocidade de recarga no Wey e 72 kW no Atto, o que justifica o tempo inferior do BYD.

Espaço interno e porta-malas
O GWM Wey 07 é maior, com cerca de 10 cm extras no comprimento (5,15 m totais) e distância entre-eixos (ao redor dos 3,05 m). Na largura (2,0 m) e altura (próxima dos 1,80 m), ele e o Atto 8 se equivalem. O BYD, falando nisso, mede 4,95 m de parachoque a parachoque, com 2,95 m entre o eixo frontal e o traseiro.

Com isso, e graças a disposição de seis assentos no formato 2+2+2, a folga a bordo do Wey 07 é maior. O BYD, inferior no comprimento e entre-eixos, ainda lida com a construção de bancos no esquema 2+3+2. Ou seja, no Atto 8 vão mais pessoas num espaço menor, enquanto o GWM comporta menos gente em maior área.
Enquanto isso, na capacidade de porta-malas, a vitória também depende de alguns fatores. Com seus seis lugares montados, o Wey 07 acomoda 239 litros de bagagens, contra 270 do BYD Atto 8 configurado para sete ocupantes. Porém, com a terceira fileira rebatida, essa capacidade sobe para 1.040 litros no GWM, enquanto o BYD fica nos 960 litros. Mais uma vez, o tamanho da carroceria do Wey faz a diferença.
Equipamentos de série
Ambos trazem de série conjunto óptico full-LED com acendimento automático, sensor de chuva, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmeras panorâmicas, maçanetas elétricas, teto-solar panorâmico, head-up display, sistema de som premium, rodas aro 21, tampa traseira elétrica, Park Assist, bancos dianteiros com ajustes elétricos, bancos dianteiros refrigerados e com massagem, banco do passageiro com apoio para pernas, bancos da segunda fileira elétricos com massagem e apoio para pernas, retrovisores externos rebatíveis e com aquecedor, ar-condicionado digital automático trizone com saídas para as três fileiras e mais.

No pacote de segurança espere pelo menos 6 airbags, e funções de alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, alerta de saída de faixa ativo, assistente de permanência na faixa, alerta de colisão traseira, frenagem automática em manobras, monitores de ponto-cego, alerta de tráfego cruzado traseiro, detector de fadiga do condutor, farol alto automático, piloto automático adaptativo (ACC) com função anda-e-para, leitor de placas de sinalização, alerta de desembarque seguro etc. São tecnologias presentes nos dois.

Porém, há algumas diferenças pontuais entre eles. O Wey 07 conta com um compartimento que esquenta ou esfria no console central (espécie de geladeira, ou forninho), bem como um painel de instrumentos maior (12,3”), além de volante aquecível e reconhecimento facial. Enquanto isso, o Atto 8 compensa com a multimídia maior (15,6”), mais airbags (9 no total) e suspensões com amortecedores ativos.












