01/07/2025 - 12:51
Demorou, atrasou, mas, após várias datas prometidas, a BYD finalmente parece iniciar suas operações de produção nacional. Na realidade, não é muito bem uma produção: os modelos vêm desmontados da China, e finalizados aqui. Lembrando: a BYD adquiriu a fábrica da Ford em Camaçari (BA) em 2023, e, após grandes reformas, sediou suas operações fabris por lá.
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Em evento realizado hoje, 1 de julho, a marca confirmou, na realidade, o início das operações da fábrica de Camaçari, mas ainda sem inauguração oficial. Estão na fase de testes finais das linhas de montagem, obrigatória para qualquer produção em série, para ver se os carros estão saindo dentro dos conformes. A produção, de acordo com a marca, deve ser iniciada de fato “dentro das próximas semanas”.

Após R$ 5,5 bilhões investidos, a fábrica de Camaçari começa a operar com capacidade de fazer 150 mil veículos por ano, mas já com planos de dobrar esse número. De início, os carros serão montados no esquema SKD (Semi Knocked-Down, ou “semi-desmontado”), mas depois passarão a contar com estampagem, soldagem, pintura e componentes periféricos nacionais.

A marca chinesa, por exemplo, já fechou parceria com a Continental, que deverá fornecer pneus brasileiros. Também está na programação o final de desenvolvimento do motor 1.5 flex, que equipará os híbridos nacionais num segundo momento.
Quais os três primeiros BYD nacionais?
Num primeiro momento, sairão da planta baiana Dolphin Mini, hatch subcompacto elétrico, e Song Pro, SUV médio híbrido plug-in. Ambos, vale falar, já eram bastante cotados para o início das operações fabris da marca chinesa no Brasil. Porém, não serão só eles: o sedan médio híbrido plug-in King DM-i também começará em fase de montagem, e será o terceiro modelo nacionalizado.
BYD Dolphin Mini

O Dolphin Mini é vendido nas configurações de quatro lugares (R$ 118.800) e cinco lugares (R$ 122.800), usa motor elétrico dianteiro rende 75 cv de potência com cerca de 13,5 mkgf de torque, permitindo aceleração de 0 a 100 km/h em 14,9 segundos e velocidade máxima de 130 km/h. Segundo o INMETRO, o hatch subcompacto pode alcançar os 280 km de autonomia, graças a baterias de 38,8 kWh de capacidade.

De série, rodas de liga-leve aro 16, conjunto óptico full LED, sensor crepuscular, volante multifuncional, painel de instrumentos digital de 7”, multimídia rotativa de 10,1”, carregador de celular sem fio, banco do motorista com ajustes elétricos, bancos com forração em couro sintético, navegador GPS nativo, ar-condicionado digital, freio de mão eletromecânico com função Auto Hold, entre outros.
BYD Song Pro

Já o Song Pro custa entre R$ 194.800 e R$ 204.800, dependendo da versão (GL e GS). Sob o capô está um motor 1.5 16v de aspiração natural com cerca de 100 cv de potência e 12,5 mkgf de torque. Ainda que ajude a mover o carro, sua função principal é servir como gerador das baterias de 12,9 kWh (versão GL) ou 18,3 kWh (versão GS). O motor elétrico dianteiro, com mais de 220 cv e 30 mkgf, é quem move o SUV na maior parte do tempo.

A lista de equipamentos de série é próxima nas duas configurações: rodas de liga-leve aro 18, conjunto óptico em LED, faróis com acendimento automático, painel de instrumentos digital de 8,8”, multimídia rotativa de 12,8” com apps nativos, GPS online, câmera 360º, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, bancos revestidos em couro ecológico, piloto automático, freio de mão eletromecânico com função Auto Hold, tampa do porta-malas com abertura/fechamento elétricos, retrovisores externos com rebatimento elétrico e aquecedor, comandos de voz (“Hi BYD”), ar-condicionado digital automático dual zone com saídas traseiras, possibilidade de uso de chave digital (NFC) e por aí vai.
BYD King DM-i

O King DM-i também é vendido em duas versões: GL (R$ 179.800) e GS (R$ 191.800). É outro com motor 1.5 16v de cerca de 110 cv de potência com 14 mkgf de torque, que, na maior parte do tempo, serve apenas como gerador para as baterias de 8,3 kWh (GL) ou 18,3 kWh (GS). Quem se alimenta dessa carga é um motor elétrico dianteiro de 180 cv e 32 mkgf na versão GL ou quase 200 cv e 33 mkgf na configuração mais cara GS. No total, o King GL rende 209 cv de potência, enquanto o GS chega a 235 cv, sempre com uma transmissão automática tipo CVT dedicada a carros eletrificados.

No King GL, há conjunto óptico em LED, rodas de liga-leve aro 17, banco do motorista com ajustes elétricos, bancos forrados em couro sintético, carregador de celular sem fio, piloto automático, freio de mão eletromecânico com função Auto Hold, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmera 360º, navegador GPS online, ar-condicionado automático digital, saídas de ar para o banco traseiro, 6 airbags e por aí vai. A GS completa a lista com ajustes elétricos para o banco do passageiro, iluminação ambiente em LED, sistema de som com oito alto-falantes e segunda zona de temperatura do ar-condicionado digital automático.
