03/06/2025 - 7:00
Não faltam marcas chinesas no Brasil: são oito na ativa (BYD, GAC, GWM, JAC, Caoa Chery, Neta, Zeekr, Omoda & Jaecoo), e outras estão no radar, seja para chegar oficialmente, ou em planos de importar seus modelos para cá. Link&Co, Geely, Leapmotor, Riddara, MG Motor, entram na lista de pretendentes.
Mas, uma coisa chama a atenção: seus nomes. Alguns, claro, foram bem adaptados ao mercado brasileiro, caso da Riddara, que no seu país de origem é a “Radar”. Outras, porém, mantiveram nomes não muito convidativos, caso da Neta, que anda tímida nas vendas por aqui e com risco de falência total na China.
+ Song Pro, Song Plus e Song Premium: como diferenciar os SUVs híbridos da BYD?
+ JAC E-JS1: Hatch elétrico ‘esquecido’ está R$ 10 mil mais barato e vem com carregador de série

Por essas e outras, vale explicar o que significa cada nome, ou sigla, das principais marcas de automóveis chinesas presentes no Brasil. Quase sempre, por trás do amontoado de letras, há um bom contexto, ou o “resumo” de um registro oficial bem mais atraente.
BYD
Mais falada dentre as chinesas presentes no Brasil, a BYD vende desde carros, até ônibus e placas de energia solar aqui no Brasil. Dentre as rivais conterrâneas, costuma ser líder de vendas de modelos eletrificados, incluindo elétricos e híbridos.

O nome “BYD” é uma sigla, que muitos pensam estar ligada apenas ao slogan “Build Your Dreams” (“Construa Seus Sonhos”). Ledo engano: de acordo com o fundador da marca, Wang Chuanfu, no início, o nome da empresa era “Yadi”. Mas, por conta disso, acabam ficando no final das listas e programações de eventos, cadastros e afins. Decidiu-se, aí, colocar a inicial “Bi”.
A transformação de “BiYadi” para a sigla BYD, com fonética semelhante em inglês, foi acontecer no começo dos anos 2000, pouco antes da sua estreia no mercado de veículos. Na realidade, a BYD nasceu como uma fabricante de eletrônicos.
GAC
Mais recente chinesa a desembarcar no Brasil, a GAC estreou logo com cinco modelos distintos, querendo peitar as rivais conterrâneas, e também beliscar mercado das ocidentais.

O nome GAC remete literalmente ao batismo por extenso da fabricante oriental: “G” de “Guangzhou” (cidade chinesa onde nasceu a marca), “A” de Automobile (“Automóvel” em inglês), e “C” de “Company” (“Companhia”). Basicamente, “Companhia Automotiva de Guangzhou”, ou algo próximo disso.
Eles adotam, porém, um nome bem mais extenso: “Guangzhou Automobile Industry Group Company Limited”, algo como “Companhia de Indústrias Grupo Guangzhou Automobile LTDA.”.
GWM

Segunda marca com mais presença atual no mundo dos eletrificados, a GWM está presente por aqui desde 2023, e foca principalmente em híbridos plug-in e elétricos, dentre SUVs e hatch.
GWM é outra sigla que remete ao nome completo da fabricante: “Great Wall Motors”, uma clara homenagem a uma das sete maravilhas do mundo moderno, a Grande Muralha da China. Ou, em inglês, “China Great Wall”.
Esse nome já acompanha a fabricante desde o começo dos anos 1980, quando ainda era uma oficina mecânica que mexia em veículos agrícolas, a “Great Wall Repair”. Desde a fundação como oficina, a GWM é sediada na província de Hebei, justamente onde está o início da Grande Muralha.
JAC

Uma das mais tradicionais marcas chinesas de carros presentes no Brasil é a JAC Motors. São quinze anos que separam sua estreia por aqui em 2010 (ainda com hatch J3 e sedan J3 Turin, utilizando o Faustão como “garoto propaganda”), até a fase atual da marca, que chegou a se dedicar totalmente aos veículos elétricos. Voltou atrás no ano passado, e hoje vende também a Hunter, picape turbodiesel.
“JAC” é literalmente um resumo de “Jianghuai Automobile Corporation”, ou “Corporação Automotiva de Jianghuai”, que remete a uma região de planície perto do rio Huai. A marca também pode ser encontrada por aí com o nome “Anhui” no início, sendo essa uma referência a província de sua sede. Existe desde 1964.