27/04/2024 - 6:50
Líder em vendas (e com folga) de carros eletrificados no Brasil, com 14.939 unidades emplacadas durante o primeiro trimestre de 2024, à frente de GWM (5.735) e Toyota (5.049), a BYD segue a tendência de mercado e deve colocar mais híbridos nas ruas.
A marca chinesa atualmente comercializa o Song Plus, que mescla os sistemas elétrico plugável e motor de quatro cilindros 1.5 a gasolina. Até o final deste ano, ela vai lançar outro híbrido, uma picape que, segundo rumores, será denominada de Shark e pode entregar mais de 1.000 km de autonomia combinada (elétrico e combustão), assim como o SUV.
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“Pra nós é muito claro o sinal do consumidor brasileiro, de que ele precisa experimentar o híbrido, desenvolver a segurança dele sobre estrutura de recarga”, afirma Pablo Toledo, diretor de marketing e comunicação da BYD, durante o evento de lançamento do Tan.
E completa: “A ideia é trazer híbrido onde for possível.”
Fábrica de Camaçari
A fábrica de Camaçari (BA) da montadora vai começar a operar no final deste ano. Inicialmente, estão previstos quatro modelos para a planta: Dolphin, Dolphin Mini, Yuan Plus e Song Plus – três elétricos e um híbrido, respectivamente. O executivo não descarta a possibilidade de montar a picape no local futuramente.
Haverá também um centro de desenvolvimento no país, com local a ser definido.
Questionado, o diretor não confirma a possibilidade de desenvolver uma tecnologia híbrida flex (com motor elétrico e um propulsor a combustão com etanol e gasolina).
Posicionamento de mercado
Apesar de ter lançado recentemente o elétrico de entrada da marca, o Dolphin Mini, a R$ 115.800, Toledo afirma que a BYD pensa em qualidade.
Vale ressaltar que o compacto provocou uma verdadeira guerra de preços entre esses modelos, que estavam mais “defasados” e já eram vendidos por aqui há algum tempo.
A Renault, para citar, chegou a colocar o Kwid elétrico a R$ 99.990 e vendê-lo como mais barato do mercado – ele desembarcou no Brasil por cerca de R$ 150 mil.
“A quem interessa o carimbo de carro mais barato. O que isso agrega? Na nossa avaliação, isso não consolida a marca. A ideia é torná-lo acessível.”