Registros mais recentes do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) revelaram o que alguns já esperavam: a BYD tem planos de trazer seu sedan Qin L para o Brasil. Mas, quem é ele? Apesar do nome estranho, o Qin L é uma espécie de irmão maior do King, mantendo a propulsão híbrida plug-in e até certa semelhança visual.  

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Porte do BYD Qin L

BYD Qin L – Foto: BYD/divulgação

O Qin L (literalmente de “Longo”) é considerado um sedan médio-grande, chegando aos 4,83 m de comprimento e generosos 1,90 m de largura. Para efeito de comparação, um King tem 4,78 m e 1,82 m, respectivamente. Também é superior na distância entre-eixos, de quase 2,80 m, enquanto o King ronda os 2,72 m. Com isso, o Qin L consegue maiores níveis de espaço interno e porta-malas (ao menos 460 litros). 

No estilo, aposta mais para o que é encontrado no sedan elétrico Han EV, bem como no SUV elétrico compacto Yuan Pro, seguindo a linha de design Dynasty da marca chinesa. Fazem parte do pacote os faróis angulados e lanternas traseiras interligadas, em um estilo mais limpo e sóbrio, assim como o da cabine.  

BYD Qin L – Foto: BYD/divulgação

Motorização do BYD Qin L

Ele se diferencia pelo lançamento mais recente, já que estreou na China em abril do ano passado, e por ser o primeiro carro da marca a usar a quinta geração do sistema híbrido DM-i, enquanto o King ainda é baseado na anterior. O que muda? O DM-i 5 é mais eficiente, quer seja no consumo de gasolina do motor 1.5 a combustão, densidade das baterias de tração ou mesmo agilidade no funcionamento, já que se baseia em parâmetros de inteligência artificial para conseguir gastar menos.  

BYD Qin L – Foto: BYD/divulgação

O powertrain se assemelha com o do King na ficha técnica, porém tem outros números: o motor 1.5 a gasolina, que atua mais como gerador elétrico, pode render algo ao redor dos 100 cv de potência, e trabalha em conjunto com um motor elétrico dianteiro. Este pode ter pouco mais de 160 cv de potência com mais de 22 mkgf de torque nas versões mais simples, ou então 217 cv e 26,5 mkgf nas mais poderosas. 

Nas versões mais em conta, ele usa bateria de cerca de 10 kWh de capacidade, gerando autonomia de até 80 km, pelo ciclo chinês CLTC. Nas configurações mais potentes, com motor elétrico de 160 cv, já são 16 kWh nas baterias, rendendo aproximadamente 120 km de alcance (CLTC).

BYD Qin L – Foto: BYD/divulgação

Consumo do BYD Qin L

Em condições mais favoráveis, o Qin L promete eficiência térmica de mais de 46%, e deve ter consumo próximo dos 2,9 L/100 km, por outro ciclo de medição chinês, o NEDC. Com isso, pelas medições oficiais, deverá ser possível beirar os 2.100 km de autonomia com um tanque cheio mais carga completa das baterias. Para se ter uma ideia, hoje a BYD fala em 1.200 km de autonomia máxima para o nosso King.  

Construção do BYD Qin L

BYD Qin L – Foto: BYD/divulgação

O Qin L também é mais refinado na construção, trazendo suspensões independentes nas quatro rodas (apenas nas dianteiras no King), bem como eixo traseiro com fixação multilink, que, na teoria, faz com que o carro fique melhor na dinâmica de condução e mais confortável. O King usa eixos de torção, como modelos mais baratos.  

Itens de série do BYD Qin L

Além disso, todas as versões do sedanzão de 2.100 km de autonomia trazem assistentes inteligentes de condução (ADAS), com navegador GPS inteligente, piloto automático adaptativo (ACC), alerta de saída de faixa ativo, assistente de permanência em faixa, entre outras tecnologias, hoje não disponíveis no King vendido no Brasil.  

BYD Qin L – Foto: BYD/divulgação

Na cabine, há uma multimídia giratória de 15,6” e outra tela de 8,8” para o painel de instrumentos. Os carros vêm com 6 airbags, chave NFC para celular, ar-condicionado digital automático, sistema de monitoramento da pressão dos pneus e pelo menos seis alto-falantes, isso nas configurações mais simples, de entrada.  

BYD Qin L – Foto: BYD/divulgação

O que diz a BYD?

Oficialmente, a fabricante chinesa não nega, nem confirma os planos de trazer o Qin L para o mercado brasileiro. Diz apenas “não ter informações sobre o assunto”.