A Caoa Chery pretende demitir 485 funcionários em razão da suspensão das atividades de sua fábrica de Jacareí (SP) por três anos, com o objetivo de realizar mudanças na estrutura para eletrificar a sua gama de veículos.

A montadora ofereceu aos colaboradores “um pacote de indenização suplementar, além do regular pagamento das verbas rescisórias legais”.

No entanto, os trabalhadores continuam realizando protestos contra as demissões e querem um acordo de lay-off (suspensão temporária de contrato).

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Sindicato

Em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), nesta quarta-feira (18), os deputados se comprometeram a pedir esclarecimentos à Caoa Chery, sobre as ameaças aos empregos e direitos dos metalúrgicos da região.

Convocada pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL), a audiência discutiu os impactos da desindustrialização do Brasil.

Foto: Divulgação Sindicato/Roosevelt Cássio

Na audiência, os dirigentes sindicais destacaram o descumprimento do acordo pela montadora, que havia assinado uma ata em reunião com o Sindicato no último dia 10, mas teria voltado atrás na realização de lay-off de cinco meses com mais três meses de estabilidade aos metalúrgicos.

“A Caoa Chery, assim que começou a pandemia, foi uma das empresas que mais cresceram. Indo na contramão de todas montadoras, que estavam parando por falta de semicondutores, a empresa era a que mais estava vendendo no momento. Agora, ela deu um golpe na gente. Foi uma traição aos trabalhadores”, disse o diretor e trabalhador da Caoa Chery Anderson Elias Xavier (Costelinha), em nota divulgada pelo sindicato.

Caoa Chery

A Caoa Chery, por sua vez, informou em nota divulgada à imprensa que não aceitou a suspensão dos contratos pois “o lay-off, admitido na legislação brasileira, destina-se aos casos de suspensões das atividades com rápida retomada da produção e do trabalho”.

A montadora ressaltou que oferece uma indenização adicional à rescisão “que poderá alcançar o teto máximo de 15 salários (limitados ao teto salarial de R$ 5.000,00) para os empregados que apresentem mais de cinco anos de empresa em 01.03.2022; teto de 10 salários (limitados ao teto salarial de R$ 5.000,00) para os empregados que tenham mais de 2 anos até 5 anos e, 7 salários (limitados ao teto salarial de R$ 5.000,00) para aqueles com até 2 anos de contrato”.

Caso mantido o impasse, com custos adicionais à empresa, ela afirmou que será obrigada a declinar a proposta.

Negociação

O Sindicato também acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT) para mediar a negociação com a Caoa Chery. Uma audiência de conciliação entre Sindicato e empresa está marcada para sexta-feira (20), às 8h30.

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