Em reunião nesta quinta-feira (22), o conselho da Nissan decidiu pela demissão do executivo brasileiro Carlos Ghosn do cargo de presidente do conselho administrativo da marca. Ghosn foi detido no Japão sob a acusação de fraude financeira e de ter usado cerca de US$ 18 milhões da empresa para comprar mansões no Rio de Janeiro e em Beirute, capital do Líbano.

A direção da Nissan decidiu também pela demissão de Greg Kelly, outro alto executivo da companhia acusado de fraude fiscal, além da criação de uma comissão especial de governança. Uma comissão encabeçada pelos diretores Masakazu Toyoda, Keiko Ihara e Jean-Baptiste Duzan ficará responsável por sugerir substitutos para Ghosn.

Na terça-feira (20) o conselho da Renault pediu à Nissan informações sobre a “investigação interna realizada pela empresa contra Carlos Ghosn” e decidiu pela permanência do brasileiro no posto de presidente da Aliança Renault-Nissan, porém apoiando a nomeação de Thierry Bolloré , até então diretor de operações, para o cargo de presidente interino, conferindo ao executivo francês os mesmos poderes de Ghosn.