Detido no Japão desde 19 de novembro e formalmente acusado pela Promotoria de Tóquio por má conduta financeira, o ex-presidente do Conselho Administrativo da Nissan segue em seu cargo como CEO da Renault, anunciou a montadora francesa nesta quinta-feira (13).

A decisão foi tomada durante uma reunião do Conselho Administrativo da montadora francesa. Após receber informações da equipe de advogados da Nissan a respeito do andamento das investigações, a direção da Renault destacou que ainda não está em posição de tomar uma decisão final e decidiu por manter Ghosn em seu cargo, com o francês Thierry Bolloré temporariamente na função de vice-CEO e com as mesmas atribuições do executivo brasileiro.

Ghosn é acusado de ter ocultado do fisco japonês metade dos rendimentos recebidos entre os anos de 2010 e 2015, em um total que chega a 5 bilhões de ienes (cerca de R$ 171 milhões). O executivo brasileiro permanecerá detido até a próxima quinta-feira (20).