A Audi apresentou na China seu mais novo carro-conceito 100% elétrico, o “E“. Até aí, tudo bem. Opa, mas cadê as quatro argolas da marca? Em vez disso, ela colocou o seu próprio nome (AUDI, em letras maiúsculas). Qual o motivo?

Antes de explicar, primeiro vale a pena falar que o novo modelo é fruto de uma parceria entre a marca alemã e a chinesa SAIC. Ele foi desenvolvido em conjunto por especialistas da Alemanha e da China e oferece uma prévia de três futuros modelos de produção a serem introduzidos a partir de meados de 2025 no mercado asiático. Eles serão elétricos e de segmentos de médio e grande porte.

Audi E

O veículo mede 4,87 m de comprimento, 1,99 m de largura e 1,46 m de altura, além de uma distância entre-eixos de 2,95 m. A carroceria dele lembra o chinês Zeekr 001, no formato de “shooting brake”, uma mistura de perua com cupê.

Audi E – Crédito: Divulgação/Audi

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Por fora, ele tem um design limpo, capô parrudo, maçanetas embutidas e o mesmo desenho que engloba o conjunto óptico na frente está atrás.

Audi E – Crédito: Divulgação/Audi

Na cabine, por sua vez, há um estofamento de microfibra, detalhes em madeira iluminada e uma tela de 4K touch screen que integra o painel de instrumentos.

Audi E – Crédito: Divulgação/Audi

O Audi E tem dois motores elétricos, um cada eixo, que rendem 775 cv de potência, e 81,5 kgfm de torque, o que permite sair da inércia e chegar a 100 km/h em 3,6 segundos.

Ele é equipado com uma bateria de 100 kWh, que traz um alcance de até 700 km (ciclo CLTC). Apenas 10 minutos de carregamento rápido são suficientes para mais de 370 km de autonomia.

Audi E – Crédito: Divulgação/Audi

Mas, afinal, o que fez a Audi ‘apagar’ as quatro argolas?

Para explicar o sumiço vamos reproduzir aqui a explicação da Audi (ou tentativa de), segundo um comunicado de imprensa emitido por ela sobre o conceito.

O primeiro ponto é: a Audi afirma que está lançando uma nova marca na China, a “AUDI” – sim, em letras maiúsculas mesmo. E este seria o primeiro carro-conceito.

“Sinaliza tanto a conexão quanto a diferenciação da marca irmã (com o tradicional logo das quatro argolas).” E completa: para o novo “brand”, “o DNA inconfundível da Audi encontra as inovações chinesas”.

O segundo ponto é: a marca sem argolas explica que os clientes premium chineses são diferentes de seus colegas internacionais e têm outras expectativas, assim, distintas.

Eles são mais jovens do que no resto do mundo, mais experientes em tecnologia, esperam uma direção automatizada e, o mais importante, uma experiência “emocionante e inconfundível em um interior que é familiar e surpreendente”.

“A indústria automotiva está passando pela maior transformação de sua história. Com nossas parcerias na China, estamos desempenhando um papel decisivo nessa transformação”, afirma o CEO da Audi, Gernot Döllner, à imprensa.

O terceiro ponto é: a medida reduz o tempo de lançamento naquele mercado em mais de 30%, explicam as companhias.

Fez sentido tudo isso? A AUDI da China será mesmo outra Audi? Isso vai influenciar o futuro da marca nos demais mercados onde ela é mais tradicional? Talvez não. Mas vamos aguardar.

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