22/12/2025 - 16:00
A Renault é uma das marcas que vêm valorizando sua trajetória no Brasil. A história começou em 1992, quando a importação dos carros era feita pela Caoa. Só entre 1995 e 1996 a própria marca francesa assumiu oficialmente as operações de importação, venda e manutenção no país.
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Pouco depois, com forte investimento da matriz, foi inaugurado em 1998 o Complexo Industrial Ayrton Senna, mais conhecido como a fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR). Hoje, com exceção dos elétricos, toda a linha da marca é produzida ali, do subcompacto Kwid à van Master.

Como é o Memorial Renault?
O acervo histórico, batizado oficialmente de Memorial Renault, surgiu como uma homenagem aos 25 anos de produção nacional da fabricante. Localizado dentro do próprio complexo, o espaço reúne veículos emblemáticos e materiais históricos, exibidos em telas e totens interativos. Vale lembrar que o memorial não abriga todas as peças do acervo da marca — o último Sandero R.S. produzido, por exemplo, está guardado em outro local.
Primeiro Renault da história

Entre os destaques está uma réplica perfeita do Voiturette, primeiro carro criado por Louis Renault em 1898. O modelo original se destacava pela transmissão de três marchas, que permitia encarar ladeiras mais íngremes. A réplica foi construída em 1998, no centenário do carro. Outro exemplar curioso é o Willys Gordini azul impecável, fruto da parceria entre a Willys-Overland do Brasil e a Renault — o Gordini nacional era um Renault fabricado sob licença.

Scènic, Kwid, Willys Interlagos, 4CV, Clio V6 e muito mais
Outro destaque recente é a primeira Scénic fabricada no Brasil, minivan que ganhou atenção durante o lançamento do Megane E-Tech e que percorreu toda sua vida dentro da fábrica, rodando cerca de 2.500 km.

Com espaço temático próprio, o memorial também abriga uma das primeiras unidades do Kwid, fabricada em 2017 na versão Intense, pintada de laranja como os carros de lançamento, e coberta de assinaturas da equipe responsável pelo projeto, desenvolvimento e produção. Além disso, o acervo guarda o Megane E-Tech elétrico e um Kardian pré-série, símbolos da nova fase da marca no Brasil.
O acervo vai além do Memorial. Em uma apresentação de 2021, ainda antes da inauguração do espaço, destacavam-se raridades como o Interlagos conversível, versão nacional feita pela Willys do Alpine A108 (Alpine é a divisão esportiva da marca), que estava em restauração. Também estão lá unidades históricas como o Fluence de competição (participou do Campeonato Brasileiro de Marcas entre 2015 e 2018), o Oroch Concept de 2014, que antecipava o projeto da picape Duster, e o Duster Extreme, conceito de 2016. Esses dois últimos foram expostos no Salão do Automóvel.
Há ainda o icônico 4CV, conhecido no Brasil como “Rabo Quente”, um dos primeiros grandes sucessos da marca; um Clio V6 importado, nunca vendido no país, usado para experimentações e marketing (foram cerca de 1.300 unidades produzidas, todas com motor central-traseiro do Laguna); e um Megane R.S. 2013, uma das três unidades amarelas importadas, famoso pelo alto desempenho em pista e ruas.
Último Sandero R.S. repousa lá
O Sandero R.S. Finale 100/100, última unidade da série numerada, é outra peça preciosa, zero-quilômetro, guardada com cuidado no acervo. Para completar a presença da Renault no automobilismo, há também um Fórmula 1 de 2010, da equipe Renault Sport. História viva, literalmente!
















