15/12/2014 - 9:22
O uso de um par de faróis principais dianteiros e dos pedais para acionamento do freio, acelerador e embreagem são alguns dos padrões da indústria automobilística e que podem ser encontrados em carros tão distintos quanto o indiano de baixo custo Tata Nano e o esportivo americano Corvette Stingray. Mas ao longo da história foram vários os exemplos de modelos que desafiaram esses dogmas da indústria automobilística mundial.
Primeiro automóvel produzido em série no mundo, o Ford Modelo T aparentemente pode ser dirigido da mesma maneira que qualquer outro carro. Mas é só a aparência. Apesar do arranjo de três pedais, eles não servem para o acionamento de embreagem, freio e acelerador. No calhambeque, os comandos no pé são usados para trocas de marcha e o acionamento do freio. E o acelerador? Bom. Ele fica em uma alavanca debaixo do volante.
A fabricante checa Tatra ficou famosa na primeira metade do século XX pelos modelos aerodinâmicos e futuristas. Mesmo depois da tomada de poder pelos comunistas no país, após a Segunda Guerra Mundial, a empresa manteve o nível de criatividade a ponto de criar, em 1956, um sedã de luxo com três faróis dianteiros centrais. Talvez pelo aspecto estranho do conjunto, os projetistas decidiram mudar o arranjo de luzes em 1962. Com a colocação de quatro faróis no mesmo espaço…
Se no sedã comunista o que chama atenção é o excesso de faróis, no americano Dodge Challenger SRT Hellcat, é o excesso de chaves. O muscle car lançado em meados deste ano sai de fábrica com duas chaves para a partida. A razão para isso é que cada uma libera uma quantidade de potência máxima diferente. A preta permite aproveitar “apenas” 500 cv do propulsor V8 6.2, enquanto a chave vermelha permite aproveitar todos os 717 cv do motor.
Lembra do Tata Nano do início deste texto? Uma das suas características técnicas mais marcantes é que, ao contrário da maioria dos veículos, ele não utiliza solda na junção das peças. No seu lugar é utilizada uma cola especial. No lançamento do popular, a fabricante garantia que o artifício de baixo custo era tão eficiente quanto a tradicional solda. Porém, em um teste de impacto realizado pelo Global NCAP, no início deste ano, o modelo recebéu nota zero. Uma das razões foi a fraca estrutura da carroceria.