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A Chevrolet divulgou nesta quinta-feira (8), em uma avant-premiére do Salão de Buenos Aires, que abre ao público no sábado, novos detalhes sobre o Equinox, crossover/SUV médio que chega ao Brasil em outubro para substituir o Captiva. Importado do México, o modelo será oferecido apenas na configuração de topo Premier, com o motor 2.0 de 262 cv, tração integral e câmbio automático de nove marchas (0-100 em 7,6 segundos).

Construído sobre a plataforma D2XX (evolução da Delta), a mesma usada no novo Cruze, o Equinox levará vantagem sobre a concorrência nas dimensões generosas, um tanto acima da média do segmento: são 4,65 m de comprimento (contra pouco mais de 4,40 m do Tiguan e do Compass, 4,48 m do New Tucson e 4,53 m do CR-V), 1,84 m de largura, 1,66 m de altura e 2,725 m de entre-eixos. O porta-malas também é grande (a marca declara 846 litros, mas essa medida, incomum, é até o teto). Destaque para o bancos traseiros que deixam o assoalho quase plano quando rebatidos (ele ajoelha”, segundo a marca: se desloca um pouco para a frente e para baixo).

Nos EUA, o Equinox terá também opções 1.5 turbo de 172 cv e 1.6 turbodiesel de 138 cv, além da tração apenas nas rodas dianteiras. Mas elas não vem pra cá, pelo menos por enquanto. A escolha da versão Premier e do motor mais potente da linha deixa clara a intenção da marca de mirar nas versões mais caras dos concorrentes. E, para isso, a Chevrolet não vai economizar nos equipamentos do Equinox, que terá itens como os faróis do tipo full-LED, teto solar panorâmico, sistema de frenagem e estacionamento automáticos, assistente de manutenção em faixa e abertura do porta-malas motorizada ao passar o pé debaixo do para-choque.

Em um rápido contato com o interior do carro, o acabamento agradou, embora não chegue a impressionar. O painel de instrumentos, o volante e muitos outros elementos, claro, são compartilhados com o companheiro de plataforma Cruze – então quem tem ou conhece o sedã terá uma sensação de familiaridade. 

Que o Equinox é um bom produto, é fato. Resta ver como é a experiência ao volante, e se o brasileiro gostará do design meio desajeitado. Mas a principal questão é que o Jeep Compass não é líder do segmento à toa: seu sucesso de deve sobretudo ao preço competitivo, que, graças à produção nacional, parte de R$ 100.000 com motor flex (menos que SUVs compactos topo de linha) e, na faixa de R$ 130-150 mil, tem opções 4×4 a diesel.

Brigar com o pernambucano, mesmo com vantagens mecânicas e no tamanho, não será tarefa fácil. Ainda mais se o Equinox custar no Brasil os R$ 160.000 que estamos imaginando. Mas poderá incomodar o New Tucson e outros médios mais caros.

A Chevrolet irá divulgar mais detalhes técnicos do modelo nesta sexta-feira (9).