15/07/2025 - 12:18
Depois do evento realizado no dia 8 de julho, quando mostrou os novos Tracker, Onix, Onix Plus, Spark EUV e Captiva EV, a Chevrolet agora vai lançando, aos poucos, modelo por modelo da sua nova linha 2026. Uma das estreias mais esperadas é a do novo Tracker, que passa por sua primeira mudança visual desde a estreia dessa geração, em 2020.
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Ele ganha frente similar à da Montana, com conjunto óptico dividido e linhas mais “bicudas”, segundo o face family da marca norte-americana. O interior também passou por mudanças, adotando estilo que interliga multimídia e instrumentos no painel, também mais ou menos no estilo de Montana e Nova Spin. Atrás, retoques nas lanternas e para-choque, enquanto as rodas mudam de desenho.

Os preços variam entre cerca de R$ 120 mil (versão AT de entrada) e pouco mais de R$ 190 mil (versão esportivada RS). Ainda há na linha a LT de R$ 154 mil, LTZ de R$ 170 mil, e Premier de R$ 190 mil (alternativa à RS esportivada). Ainda há a série especial 100 Anos, também por R$ 190 mil. Cada configuração tem rodas e detalhes da grade exclusivos, para melhor diferenciação entre elas.
A marca fala em acabamento aprimorado no interior, e recalibrações de direção, suspensões, motor e pneus, em prol de melhor dinâmica, suavidade e silêncio. Os bancos ganharam novas espumas e revestimentos, o que, segundo a fabricante, melhoram a ergonomia e vida a bordo do modelo. A versão RS tem forração interna com partes vermelhas, enquanto a Premier aposta no bege.
A motorização básica não mudou, mas passou por novos ajustes. O motor 1.2 turboflex de três cilindros continua com seus 141 cv de potência e cerca de 23 mkgf com etanol, acoplado a transmissão automática de seis marchas.
O 1.0 turboflex, porém, é o que chama mais atenção: com 121 cv desde o final de 2024, quando recebeu injeção direta e mais alguns aprimoramentos, ele agora passa a ter exatos 115,5 cv declarados no Tracker. O torque, porém, continua na faixa dos 18 mkgf, administrado pelo mesmo câmbio automático de seis marchas.
Tracker 1.0 turboflex perdeu potência?

Apesar de a Chevrolet não declarar oficialmente o motivo da redução de cerca de 6 cv nos Tracker 1.0 turboflex, há uma razão para isso: novas faixas de cobrança de impostos, ou melhor, IPI (Imposto sobre Produto Industrializado). Entre 98 cv e 115 cv, a alíquota é zerada, e com isso o carro paga menos imposto.

Na calibração anterior, de 121 cv, cada Tracker 1.0 turboflex já teria acréscimo de 0,75% no IPI, o que elevaria seu preço. Ou então, diminuiria os lucros da Chevrolet, caso ela absorvesse esse valor extra de IPI (não repassando ao consumidor).

Ainda assim, houve melhora no consumo das versões 1.0 turboflex do SUV, que agora roda 8,1 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada com etanol, ou então 11,5 km/l na cidade e 13,8 km/l na estrada com gasolina, de acordo com a fabricante. A aceleração de 0 a 100 km/h demora 10,9 segundos nas melhores condições, pela ficha técnica. São 9,6s nos Tracker 1.2 turboflex, que também consomem mais combustível em alguns casos.