A fabricante de carros chinesa GAC Motor confirmou nesta segunda-feira, 12, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que pretende se instalar em Catalão, Goiás, para produzir três modelos de carros (um híbrido e dois elétricos) para o mercado brasileiro.

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A montadora também ofereceu – e o governo aceitou – o uso de uma frota de veículos elétricos da empresa na COP30, a ser realizada em Belém, Pará.

O presidente do grupo, Feng Xingya, foi o primeiro empresário a ser recebido em audiência reservada por Lula, em Pequim.

Os investimentos da empresa planejados para o Brasil agora giram em torno de US$ 1,3 bilhão, segundo dirigentes da empresa.

A GAC Motor ainda indicou a Lula que pretende instalar um centro de pesquisa e desenvolvimento na região Nordeste. O local ainda não foi decidido.

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), estava na audiência; a BYD, outra concorrente chinesa, assumiu as instalações da antiga fábrica da Ford em Camaçari (BA) em outubro de 2023.

Lula celebrou os anúncios e disse que a chegada da GAC ao mercado nacional é fruto da parceria estratégica que os governos de Brasil e China estabeleceram.

A empresa chinesa está em negociações para assumir a fábrica operada pela HPE Automotores em Catalão, fechada no fim do ano passado. A unidade produzia modelos da Mitsubishi e Suzuki. O plano é começar a instalação neste ano.

A montadora chinesa exibiu os três automóveis que pretende colocar no mercado brasileiro – Aion V, Hyper HT, Emkoo – em frente ao hotel St. Régis, onde a comitiva de Lula se hospeda, na capital chinesa.

A GAC convidou Lula para o lançamento de cinco modelos, inicialmente importados, em cerimônia que vai ocorrer no dia 23 de maio, em São Paulo.

A empresa se reuniu no ano passado com o vice-presidente Geraldo Alckmin, quando anunciou que entraria na disputa por uma fatia do mercado nacional, depois das chegadas da BYD e da GWM.