17/05/2025 - 15:00
A Citroën registrou, recentemente, o C3 europeu no Brasil, segundo dados do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).
Apesar de serem “primos”, e de compartilharem a mesma plataforma CMP, os hatches tem mudanças importantes de tamanho, design e, principalmente, tecnologias.
+ Avaliação: Citroën Basalt 1.0 manual em viagem de 1.100 km; deu conta do recado?
+ Citroën C3 e Aircross agregam mais equipamentos para a linha 2025; veja o que mudou

O que muda entre o C3 ‘brasileiro’ do ‘europeu’?
Na realidade, o C3 europeu se difere do brasileiro no porte e estética. Afinal, o carro que é vendido no mercado nacional é bastante semelhante ao indiano, ou seja, remete a um projeto mais simples e enxuto. Isso também se reflete no tamanho, já que o nosso hatch é mais curto (cerca de 3 cm), e mais estreito (relevantes 8 cm), mantendo altura (1,58 m) e entre-eixos (2,54 m) do carro vendido na Europa.
O design também é outro, e segue à risca os modelos da marca no Velho Continente, com estilo mais moderno e arrojado. Mas, se já existe o C3 brasileiro, com geração atual e produção carioca (Porto Real), qual o objetivo do registro do modelo europeu?

De fato, isso ainda é um mistério. Porém, há uma configuração do C3 Europeu que pode interessar, e bastante, a Citroën brasileira: o ë-C3, totalmente elétrico, que poderia chegar ao mercado nacional como um rival de BYD Dolphin, GWM Ora 03 GT, entre outros hatches EVs.

Elétrico e combustão com mesma aparência
Lembrando que a Stellantis já fez algo parecido com o Peugeot 2008, que, durante algum tempo, tinha duas estéticas totalmente diferentes para versões elétricas e a combustão. Isso aconteceu até a chegada do novo 2008 1.0 turboflex, que acabou se igualando com o design do e-2008, totalmente elétrico.
Na Europa, o elétrico ë-C3 é vendido em pelo menos três versões de acabamento, todas com o mesmo powertrain dianteiro: o motor elétrico rende cerca de 113 cv de potência com 12,7 mkgf de torque, e usa carga de uma bateria de Lítio-Ferro-Fosfato com 44 kWh de capacidade. Segundo o WLTP europeu, são 320 km de autonomia. A potência máxima de recarga é de 100 kW, o que permite recuperar 60% da carga em 26 minutos, de acordo com a Citroën.

Na versão mais simples, é um legítimo “popular” elétrico, com direito a calotas, maçanetas e capas dos retrovisores sem pintura, e não há racks de teto. Nas mais caras, porém, já existem rodas de liga-leve aro 17, teto preto brilhante, conjunto óptico full-LED, multimídia de 10,2”, retrovisores com regulagens elétricas e desembaçador, sensores de chuva e crepuscular, freio de mão eletromecânico, navegador GPS 3D, retrovisor interno fotocrômico, carregador de celular sem fio, ar-condicionado automático digital, freios a disco nas quatro rodas, entre outros.

Também estão presentes tecnologias de assistência a condução, hoje indisponíveis no C3 brasileiro, como alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, alerta de saída de faixa ativo, farol alto com comutação automática, e mais.
No Velho Continente, os preços do ë-C3 começam em pouco menos de 24 mil euros, ou aproximadamente R$ 150 mil em conversão direta. As versões mais completas têm preço equivalente a R$ 180 mil, em média.

O que diz a Citroën do Brasil?
Em nota, a assessoria da marca francesa diz que “não comenta estratégia de produtos”.