01/11/2010 - 0:00
Apesar da lista de equipamentos mais modesta, não se trata de um carro pelado: ainda tem bancos de couro, câmbio automático com borboletas no volante e ar digital, entre outros itens
O lançamento do Toyota Corolla 2.0 em abril, que MOTOR SHOW antecipou na edição de fevereiro deste ano, frustrou a grande maioria dos consumidores interessados na novidade: o preço alto o tornava pouco competitivo em relação à concorrência. Por isso, era raro ver na rua um Corolla equipado com o novo e bom motor. E como as versões 1.8, GLi e XLi continuavam disponíveis, o consumidor acabava se sentindo mais atraído pelo preço convidativo e pela boa economia de combustível do velho 1.8 VVTi. Para complicar ainda mais a situação, o motor mais potente era (e ainda é) oferecido apenas com a transmissão automática de quatro velocidades.
Tínhamos avaliado, até agora, apenas a inviável versão Altis 2.0: com tudo a que um consumidor de carro de luxo tem direito, ela não sai por menos de R$ 88 mil. Apesar dos equipamentos, é preço de carro grande! Agora, avaliamos a nova versão XEi (lançada há poucos meses, sem destaque). Sua grande vantagem está no preço: viáveis R$ 76.300. Barato, atraente, interessante e convidativo ainda são adjetivos que não cabem no XEi. Mas, pelo menos, já é um preço mais digerível para um sedã médio equipado com motor de dois litros. A concorrência, principalmente a coreana e a francesa, oferece mais por menos. Isso sem considerarmos os importados maiores, que acenam com motores mais potentes e preços não muito superiores.
Esta versão XEi não tem o bom e atraente pacote de equipamentos de série do Altis, mas, pelo menos, tem uma lista de itens que chega a ser interessante: bancos forrados de couro, transmissão automática de quatro marchas com trocas por borboletas no volante, o motor ex de 142/153 cv (gasolina/ etanol), sistema de áudio, computador de bordo, rodas de liga, ar-condicionado digital e trio elétrico, entre outros mimos. A performance proporcionada pelo motor 2.0 não chega a ser empolgante, mas é suficiente para as expectativas do consumidor desse produto. A caixa automática pode ser criticada por disponibilizar apenas quatro marchas, mas, em contrapartida, proporciona trocas suaves, sem trancos ou sobressaltos. Uma transmissão que foi amadurecendo ao longo dos anos e hoje oferece uma ótima operação. Mas claro que, por oferecer apenas quatro marchas, limita o desempenho e a obtenção de melhores resultados no consumo de combustível.