08/11/2025 - 16:00
Combustão, híbrido ou elétrico? Calma lá. O Brasil é um país de dimensões continentais. Disso todos nós sabemos: são cerca de 1,7 milhões de quilômetros de estradas. Um desafio e tanto! Mas, outro ponto que afeta diretamente a locomoção dos brasileiros está no combustível que move nossos veículos. Estamos numa fase de pura transição: podemos utilizar os bons e velhos motores de combustão interna, ou a nova tecnologia dos veículos híbridos que misturam motor de combustão interna com a eletricidade, sem contar os totalmente elétricos.
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Como saber qual?
Esses tipos de propulsão, pior, brigam entre si: motores totalmente a combustão acabam perdendo espaço para outros trens de força híbridos. É difícil escolher entre eles, mas alguns indicadores podem nos ajudar de qual deverá ser o tipo de propulsão dos próximos carros, de acordo com nossas necessidades e interesses nas tecnologias. Mas, quem manda é a autonomia.
Combustão

O bom e velho motor de combustão interna tem postos de abastecimentos distribuídos pela imensidão do território nacional. Com um carro movido a gasolina, etanol ou diesel, raramente você ficará na mão por falta de combustível. Quase sempre existirá um posto próximo. Em contrapartida, os híbridos e elétricos conseguem maior economia de combustível líquido, ou então faz com que o proprietário fuja deles.
Híbridos

No caso das novas tecnologias, seus olhos estarão voltados aos bons resultados dos modernos híbridos. Mundialmente, os fabricantes já adotaram motores que funcionam em ciclos de alta eficiência, tirando o máximo proveito do combustível queimado. Esses motores acionam geradores de altíssima eficiência que alimentarão baterias responsáveis pela energia que acionará motores elétricos. Nos híbridos, é notório o baixíssimo consumo nos ciclos urbanos e, ao mesmo tempo, a vantagem da autonomia estendida. Na cidade serve como elétrico em parte do tempo, e na estrada como carro a combustão.
Carro elétrico

Finalmente temos os veículos movidos unicamente pela energia elétrica. São silenciosos, confortáveis de serem conduzidos, tem um bom torque desde a saída, são suaves de serem conduzidos e dispensam o câmbio. Aparentemente, seriam a evolução dos veículos de combustão interna, mas o pecado está na autonomia.
Por mais que a indústria tenha trabalhado no quesito baterias, um bom carro elétrico consegue rodar hoje até 450 km sem precisar parar para reabastecer, não mais que isso. Esse fator limita a autonomia: você não pode fazer viagens com mais de 150 ou 200 km de ida e volta, sob pena de parar antes do final da viagem por “pane seca” de energia. Sem contar que o tempo para recarga é bem maior do que para encher um tanque.

De qualquer forma, encontramos outro problema: faltam postos de recarga país afora. Em grandes rodovias de estados “ricos” como São Paulo, por exemplo, o problema não é tão sentido. Porém, pelo interior desse Brasilzão, a coisa é bem crítica. Infraestrutura caminhando, eletropostos nascendo, investimentos surgindo, mas nada que vá ser resolvido a curto ou médio prazo no nosso país. Hoje ainda é um problema…
Resumindo…

Em resumo, veículos equipados unicamente com motores de combustão interna vão muito bem por todo o país, e permitem uma liberdade aos seus proprietários de viajar por todo o país na hora que quiserem, sem preocupações do tipo: “onde vai ter combustível para o meu carro?”. O problema deles está relacionado ao consumo elevado de combustível líquido, e ao alto custo por km rodado.

Já os carros que se movimentam através da motorização híbrida conciliam bem o uso urbano e rodoviário. Rendem uma autonomia satisfatória (maior que equivalentes só a combustão), e podem ter as qualidades de um 100% elétrico na cidade. Só que, na hora da manutenção, serão dois sistemas para reparos, troca de componentes ou correção de problemas: motor a combustão, bateria de tração, motor elétrico, várias centrais de gerenciamento e por aí vai.

Os puramente elétricos têm a limitação da autonomia, que não os deixam ir tão longe. E as paradas para recarga demoram muito mais do que encher um tanque de gasolina ou etanol. Só que custam menos para manter, poluem menos o ar e fazem menos barulho.
Minha opinião

Particularmente, ficaria com um bom híbrido, tirando o proveito do seu baixíssimo consumo urbano e a liberdade de viajar para onde quisesse, abastecendo nos postos de serviço sempre que precisasse. Mas a tecnologia caminha a passos largos, e novas vertentes já estão surgindo, como a possibilidade de híbridos apenas a etanol, elétricos com autonomia cada vez maior e recargas menos demoradas, ou mesmo a volta da tecnologia dos EREVs (Elétricos de Autonomia Estendida), onde o motor a combustão é puro gerador estacionário e o carro se comporta como um legítimo elétrico. E aí, vai de quê?
