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Igual, mas diferente. O VW Golf passou a ser feito em São José dos Pinhais (PR), de onde saía a geração 4,5 (reestilização da quarta) no passado. Ele é o primeiro carro da Volks construído no Brasil sobre a plataforma MQB (siga alemã para Matriz Modular Transversal). O Golf nacional é idêntico aos da sétima geração importados primeiro da Alemanha (2013) e depois do México (final de 2014). Entretanto, suas alterações vão além da troca de nacionalidade e do logo MSI na tampa traseira.

A estratégia da Volks é deixá-lo competitivo. Contudo, seu preço inicial de R$ 74.590, é superior ao do rival Ford Focus Hatch SE (R$ 69.990), como havíamos previsto em setembro de 2015 (confira aqui todas as versões e preços da linha 2016). Mesmo assim, o VW agrada e já vem em todas as versões com sete airbags, controles eletrônicos de estabilidade/tração e do diferencial traseiro, sistema de frenagem automática pós-colisão, isofix para cadeirinhas, entre outros. Por dentro, bancos em tecido (o couro é opcional), acabamentos imitando aço escovado, volante multifuncional e central multimídia com tela de 6,5” sensível ao torque.

Sob o capô, uma novidade exclusiva da versão Comfortline: o motor aspirado 1.6 16V de 110/120 cv de potência (gasolina/etanol). Além desse propulsor, há os blocos 1.4 turbo flex (presente na versão Highline) e o 2.0 turbo de 220 cv (na GTI). Voltando ao Golf Comfortline avaliado, seu propulsor “milisseis” é feito em São Carlos (SP) e já equipa a linha Fox, com bloco e cabeçote de alumínio e comando variável na admissão. Embora tenha 30 cv a menos em relação ao 1.4 turbo flex (150 cv), é o torque quem altera o tom da conversa: são 16,8 kgfm a 4.000 rpm no 1.6 16V contra 25,5 kgfm a baixíssimas 1.500 rpm no 1.4 TSI. Verdade é que esse Golf 1.6 não é entusiasmante de dirigir. Não que ele seja “manco” ou fraco, mas seu desempenho é apenas suficiente. Não muito diferente de alguns de seus concorrentes 1.6 do segmento. E por ser de entrada, não há start-stop.

O câmbio pode ser manual de cinco (Comfortline) ou de seis marchas (Highline). A transmissão automática é de seis velocidades (Comfortline e Highline). Já a caixa  de dupla embreagem e sete velocidades passa a ser exclusiva do Golf GTI.  Dirigindo de maneira comedida, a caixa automática faz breves mudanças e reduz até três marchas, dependendo da situação. Além disso, rodando a 100 km/h a agulha do conta-giros aponta 2.000 rpm, cooperando na dirigibilidade silenciosa do novo Golf 1.6. Trocas sequenciais são feitas pelas borboletas atrás do volante ou pela alavanca.  A precisa suspensão traseira multilink (agora exclusiva da versão GTI) foi substituída pelo eixo de torção. Na prática, os consumidores não vão sentir mudanças, mas claro que o conjunto anterior multibraços beneficiava a sua dirigibilidade precisa.

As mudanças não tiraram sua essência. Continua sendo o bom e querido “Golfão”. A Volks foi fiel ao lema de nunca fazer um Golf mais barato do que um Focus – por ter sete airbags, ficou R$ 5.000 mais caro.

VW GOLF COMFORTLINE 1.6

Preço básico: R$ 79.990
Carro avaliado: R$ 94.611 (com pacote exclusive e teto solar)
Emissão de CO2: 117g/km*
Com etanol: não é flex
*estimado

Volkswagen Golf Comfortline 1.6 16V

Motor: 4 cilindros em linha 1.6, 16V, comando variável
Cilindrada: 1598 cm3
Combustível: flex
Potência: 110 cv a 5.750 rpm (g) e 120 cv a 5.750 rpm (e)
Torque: 15,8 kgfm a 4.000 rpm (g) e 16,8 kgfm a 4.000 rpm (e)
Câmbio: automático sequencial, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensão: McPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: dianteira, bloqueio eletrônico do diferencial
Dimensões: 4,255 m (c), 1,799 m (l), 1,468 m (a)
Entre-eixos: 2,638 m
Pneus: 205/55 R16 (opcional 225/45 R17)
Porta-malas: 313 litros
Tanque: 51 litros
Peso: 1.244 kg
0-100 km/h: 12s3 (g) e 11s6 (e)
Velocidade máxima: 179 km/h (g) e 184 km/h (e)
Consumo cidade: 9,9 km/l (g) e 6,8 km/l (e)
Consumo estrada: 12,5 km/l (g) e 8,8 km/l (e)
Nota do Inmetro: B*
Classificação na categoria: A* (Grande)

*estimados