Essa versão do Fiat Pulse é o que os técnicos convencionaram chamar de híbrido-leve. Mas, na realidade, o que é um híbrido-leve e em que ele difere do híbrido convencional? De uma maneira geral, o convencional reúne, em uma única tecnologia, um veículo movido por um motor de combustão interna e um motor elétrico, que funciona junto a uma bateria de alimentação desse motor. Esse motor elétrico pode estar interligado com a transmissão, ou não. Depende do projeto. 

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Fiat Pulse Impetus T200 Hybrid – Foto: Lucca Mendonça

Dentro da tecnologia híbrida, há muitas variações desse conceito. Pode ser que o motor de combustão interna acione um gerador elétrico que alimenta uma bateria que fornece energia para motores elétricos que movimentarão o veículo. Em outro tipo, o motor de combustão trabalha em conjunto com o motor elétrico, que pode estar disposto até mesmo dentro da transmissão auxiliando o motor de combustão.  

Fiat Pulse Impetus T200 Hybrid – Foto: Lucca Mendonça

Percebe-se que o objetivo da tecnologia hibrida é a de reduzir o consumo de combustível e o de melhorar a performance, além de diminuir a quantidade de gases poluentes na atmosfera. Seja qual for a tecnologia híbrida, ele é caro por reunir a mecânica convencional com motor a combustão e a tecnologia elétrica. 

Fiat Pulse híbrido-leve

Fiat Pulse Impetus T200 Hybrid – Foto: Lucca Mendonça

O sistema híbrido-leve, utilizado no Fiat Pulse, é interessante. Chamado também de MHEV (sigla para “Veículo Eletrificado Híbrido-Leve”, em tradução), não é tão complexo quanto as hibridas convencionais, nem tão caro, mas mostra resultados positivos, afinal a energia elétrica dá uma pequena e salutar ajuda ao motor 1.0 turboflex.  

Fiat Pulse Impetus T200 Hybrid – Foto: Lucca Mendonça

Os técnicos desenvolveram um substituto para o alternador, que nos veículos convencionais é responsável pela carga da bateria. Nesse Fiat, uma espécie de motor elétrico capaz de gerar em sua máxima performance cerca de 4 cv de potência e 1 mkgf de torque. Esse dispositivo funciona como um motor auxiliar que é ligado ao motor convencional de combustão através de correia, somando a sua potência àquela gerada pelo motor elétrico, melhorando o desempenho e reduzindo o consumo. 

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Ao mesmo tempo, esse dispositivo elétrico é um motor de arranque que substitui aquele tradicional que dá a partida no 1.0 turboflex através da roda dentada do volante do motor. Vejam que interessante: no híbrido-leve, um único dispositivo elétrico serve como motor de partida, quando recebe energia elétrica de uma bateria, e também como um gerador quando é movimentado pela correia ligada a polia do propulsor a combustão. Nesse caso, vale falar, um 1.0 turboflex de até 130 cv e 20,4 mkgf.  

Fiat Pulse Impetus T200 Hybrid – Foto: Lucca Mendonça

Além disso, funciona como um motor auxiliar elétrico ajudando o motor de combustão interna nos momentos críticos, como ultrapassagens ou acelerações rápidas. O tal motor se transforma no famoso três-em-um: é motor de partida na hora do arranque, alternador quando precisa carregar a bateria, e propulsor de potência auxiliar nos momentos críticos. Bem bacana! 

Fiat Pulse Impetus T200 Hybrid – Foto: Lucca Mendonça

Sistema híbrido-leve não é tão caro

Acredito que essa tecnologia não custe mais caro, afinal, de uma maneira ou de outra, o fabricante economiza não tendo que equipar o híbrido-leve com motor de partida e alternador. De quebra, ainda oferece um dispositivo que fornece 4 cv a mais de potência e 1 mkgf de torque para mover o carro.  

Fiat Pulse Impetus T200 Hybrid – Foto: Lucca Mendonça

Fiquei uma semana a bordo de um Pulse equipado com a tecnologia híbrida-leve, e o resultado prático foi bem interessante: senti no bolso um consumo mais baixo de combustível, pois nas arrancadas e nas retomadas era sensível o empurrão adicional do motor elétrico.  

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Outro ponto chamativo é a partida do motor 1.0 turboflex, que dava a impressão de ser imediata, sem aquele tradicional “nhé-nhé-nhé” dos motores de partida convencionais. O sistema Start-Stop, que acompanha a tecnologia, também funciona de maneira bem mais eficiente: quando se para o veículo, imediatamente o 1.0 turboflex cessa o seu funcionamento, sendo religado assim que o pé fosse removido do pedal do freio, tudo com máximo silêncio e suavidade.   

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No preço final do carro, o sistema híbrid0-leve não afetou tanto assim o preço do carro. A versão avaliada, topo de linha Impetus, custa ao redor de R$ 147 mil. A Audace, um andar abaixo, também traz o mesmo sistema híbrido-leve, e ronda os R$ 133 mil. Para que se tenha uma ideia, na época do lançamento, eles tiveram acréscimos de cerca de R$ 2 mil para cada versão.  

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É bom lembrar, que mesmo com sistema híbrido-leve, o carro tem isenção de rodízio e até descontos interessantes no IPVA (há estados que dão isenção total, inclusive). Por isso, o tal MHEV deve ser visto com bons olhos: tem preços atraentes de aquisição, avançam quando o assunto é tecnologia, pagam menos impostos, consomem menos combustíveis e mostram-se muito legais no uso diário.