Esta cena já aconteceu com a grande maioria dos motoristas. Você está dirigindo tranquilamente e inesperadamente fura um pneu. Um imprevisto chato que, dependendo do lugar, pode colocar em risco sua segurança e a de sua família. Pensando em oferecer maior proteção, os fabricantes de pneus desenvolveram tecnologias focadas na mobilidade estendida. Uma delas é a Run Flat, que começou nos modelos da BMW no início dos anos 2000.

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A grande diferença desse pneu para os “convencionais” está no processo construtivo, pois eles possuem a lateral reforçada com um composto de borracha de maior dureza para suportar o peso do carro. Caso haja uma perfuração/perda de pressão, o motorista pode seguir viagem respeitando os limites de 80 km de distância e mantendo uma velocidade de até 80 km/h. “Ultrapassando essa limitação, o pneu irá colapsar, podendo causar um acidente”, conta Fabio Eduardo Magliano, gerente de produto, marketing e motorsport da Pirelli.

Cinturato P7 da Pirelli, um dos pneus da linha Run Flat

Quem utiliza Run Flat em seus modelos são as alemãs BMW e Mercedes-Benz – embora não nos esportivos das divisões M Power e Mercedes-AMG, respectivamente. Se você ficou empolgado e deseja instalar esse tipo de pneu no seu carro, é importante ficar atento. “O carro deverá ter sido desenvolvido para receber esse produto. Afinal, o carro deverá ter sensor de pressão, o TPMS (Tyre Pressure Monitoring System), além de o desenho das rodas ser diferente (muda o offset interior)”, explica o executivo. “Caso algum consumidor consiga instalar, enfrentará sérios problemas de suspensão, como nos amortecedores”, completa.

Alguns consumidores ou proprietários de BMW/Mercedes-Benz podem reclamar do conforto proporcionado pelos Run Flat. Entretanto, existe uma explicação. “Esse pneu tem uma flexão menor para não dobrar, além de possuir um perfil baixo. Para oferecer maior bem estar, os fabricantes compensam na calibração da suspensão”, diz Magliano. Já na hora da manutenção, os Run Flat seguem a cartilha básica dos modelos normais. A calibragem deve ser feita com o pneu frio uma vez por semana. Além disso, é preciso ficar atento com o alinhamento e o balanceamento. Eles devem ser realizados a cada 10.000 km (se o uso for mais rodoviário) ou a cada 5.000 km (uso mais urbano, por conta das imperfeições do asfalto).

ENTENDA O SIGNIFICADO DOS NÚMEROS

Todo pneu traz em sua lateral vários números e letras, que são códigos para identificar sua configuração. Veja abaixo os principais códigos alfa-numéricos

Além do Run Flat também existe o Seal Inside

A Pirelli tem uma linha grande de pneus Run Flat, começando pelo Cinturato P1. Os pneus da linha Scorpion também fazem parte

O Run Flat não é a única tecnologia nova. A Seal Inside é outra opção. Também chamados de auto-selantes, durante a produção esses pneus recebem um mousse feito de borracha maleável, que consegue vedar a perfuração ocasionada por pregos ou parafusos na banda de rodagem, bloqueando a perda de pressão. “O usuário só precisa ficar atento, quando há efetivamente uma diminuição de ar, para fazer o reparo”, explica o gerente da Pirelli. Diferentemente dos modelos Run Flat, os pneus do tipo Seal Inside não têm uma restrição de distância ou de quilometragem. Além disso, eles podem ser usados por qualquer tipo de veículo por não requererem o TPMS, tampouco rodas exclusivas, e por possuírem uma gama maior de medidas.

Conheça algumas marcas à venda no Brasil

Aquiles, Aplus, Barum, Bridgestone Corporation, Briland, Champiro, Chaoyang, Continental, Cooper Tires, Delinte, Dunlop, Fate, Falken, Firestone, Fuzion, Fullway, Goodyear, Goodride, GT Radial, Hankook, Headway, Hifly, HH1, Hoosier, Kumho, Jinyu, Landsail, Ling Long, Mastercraft, Michelin, Nexen, Pirelli, Rosava, Starfire, Sailun, Speedline, Three A, Tornel, Toyo Tires, Yokohama, Westlake.

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