07/07/2021 - 11:13
O Brasil fechou o 1º semestre com uma produção total de 1,148 milhão de automóveis de passeio e comerciais leves. Mas esse número poderia ser de quase 1,3 milhão de unidades, não fosse o problema global na distribuição de semicondutores, que está provocando paradas temporárias na produção de veículos no Brasil e no mundo.
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É o que aponta um estudo do Boston Consulting Group divulgada pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) nesta quarta-feira (7), que avalia o impacto da escassez dos chips semicondutores na indústria automobilística. No mundo, 3,4 milhões de automóveis deixaram de ser produzidos apenas em 2021 por esse problema, dos quais 162 mil na América do Sul e entre 100-120 mil no Brasil.
O levantamento destaca ainda que a atual crise de semicondutores na indústria automobilística é explicada por uma combinação de fatores. A retração da demanda das montadoras em 2020 foi compensada pelo pico na procura por eletrônicos domésticos e dos equipamentos de infraestrutura necessários para sustentar as mudanças de rotina criadas pelo home office durante a pandemia.
Quando os fabricantes de veículos voltaram a acelerar a produção, a oferta de chips já não era suficiente para atender a procura das montadoras e da indústria de eletrônicos. Para se ter uma ideia da dependência dos automóveis atuais em relação aos semicondutores, um levantamento recente da General Motors apontou que um Chevrolet Onix chega a ter 1.000 chips espalhados em 20 módulos eletrônicos. A maior parte deles responsáveis por controlar os sistemas de segurança e de conveniência.
A expectativa é que a estabilização no fornecimento de semicondutores aconteça apenas a partir do 2º semestre de 2022. Mas até lá, a escassez de chips deve aumentar até o final do ano, com o novo aumento da demanda provocado por pontos como o retorno das aulas presenciais no mundo e pelas compras de Natal.
Projeções para 2021
A Anfavea revisou para baixo a projeção de produção de automóveis. Em janeiro, a expectativa era fechar 2021 com 2,385 milhões de unidades. Agora, o Brasil deve fechar o ano com 2,304 milhões de veículos de passeio e comerciais leves montados.
Mesmo com essa queda na produção, a associação dos fabricantes acredita que a procura por modelos comerciais leves e caminhões deve ser ainda maior do que a prevista inicialmente, por um combinação de crescimento na demanda por picapes combinada ao desempenho do comércio eletrônico no período.
“O nosso principal desafio para o 2º semestre é como aumentar a produção e a oferta de produtos e aproveitar a recuperação da economia”, destacou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
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