Ainda desconhecida no Brasil, a Moto Morini tem planos ambiciosos por aqui, onde promete investir mais de R$ 250 milhões até 2027, o que de acordo com seus cálculos lhe garantirá faturamento de R$ 150 milhões e 15% do segmento de motocicletas entre 600 e 700 cilindradas já no próximo ano. Até 2030 espera chegar a R$ 300 milhões.

Para chegar lá, a Moto Morini afirma já ter iniciado no Polo Industrial de Manaus a montagem de modelos no esquema CKD (Completely Knocked Down). “Esse movimento foi fundamental para garantir escala e tornar a marca viável dentro de um universo tão competitivo. O consumidor brasileiro exige qualidade, mas também condições de compra que façam sentido”, explica Fabrício Morini, CEO da empresa.

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A primeira das seis lojas prometidas para 2025 deve abrir ainda neste mês, em Santa Catarina. O próximo contemplado será o Rio Grande do Sul. “Queremos que o Estado seja protagonista na expansão da Moto Morini no país, acelerando nossa participação no segmento de média e alta cilindrada”, projeta o executivo.

No site da marca é possível encontrar os modelos Seiemmezzo Street (R$ 45.990), Seiemmezzo Scrambler (R$ 47.990), X-Cape (R$ 47.990) e Calibro (R$ 46.990).

“A Moto Morini enfrentará leões em um mercado já bem estabelecido no Brasil e que conta com novos players chegando a preços competitivos. A empresa deveria emplacar entre 1.500 e 2.500 motocicletas para atingir o faturamento pretendido; além disso deve ter um foco em rede de concessionários, peças, logística de distribuição, estoque e marketing para vender esta quantidade de motos já de partida”, avalia o Milad Kalume Neto, um dos sócios da consultoria K.Lume.

Fundada em 1937 em Bolonha, na Itália, desde 2018 a Moto Morini pertence ao grupo chinês Zhongneng. Hoje sediada em Trivolzio, na região da Lombardia, a Moto Morini está presente em 55 países, seis deles na América do Sul.