13/06/2021 - 8:00
Não há melhor definição para o Punto Sporting e para o Polo GT do que a palavra jovialidade. Tanto por fora como por dentro, os dois modelos exalam juventude e esportividade. A julgar pelo visual, com rodas grafite, faróis escurecidos e detalhes internos em cores chamativas.
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Mas a verdade é que de esportivo eles só têm a aparência. Há de se convir que os dois hatches oferecem um excelente desempenho, porém não existe nenhum acerto mais apimentado de suspensão, câmbio ou motor. O fato é que tanto o Polo como o Punto são carros voltados para o consumidor que almeja ter um veículo completo, ágil, de bom desempenho e que transmita, uma ideia de esportividade. E nestes quesitos eles não deixam a desejar. Mas, por todas essas virtudes, os dois modelos cobram caro. Muito caro.
O Punto Sporting custa R$ 51.200 e traz, de série, trio elétrico, direção hidráulica, ar-condicionado, airbag duplo, freios ABS, computador de bordo, faróis de neblina, rodas de liga, CD Player, bancos com regulagem de altura e volante com ajuste de profundidade. Adicionando teto-solar panorâmico, ar digital, piloto automático, bancos com revestimentos parcialmente em couro e sistema Blue&Me, que inclui som com comando de voz, bluetooth e volante com comandos do rádio e telefone, o valor do carro salta para os R$ 59.912.
Já o Volkswagen Polo parte dos R$ 55.440 e tem a mais que o Punto, como itens de série, revestimento dos bancos parcialmente em couro, sensor de estacionamento e rádio já com entrada USB, SDCard, bluetooth e compatibilidade para iPod. Acrescentando o teto-solar, seu preço vai para R$ 57.600. O modelo da Volks fica devendo o piloto automático, que não está disponível nem como opcional, e seu tetosolar não é panorâmico como em seu concorrente.
Além das semelhanças já citadas, os dois modelos têm uma história parecida. Ambos são carros europeus que, depois de fazer sucesso no Velho Continente, ganharam as ruas tupiniquins. Mesmo com tantos pontos em comum, como produto, eles têm muitas diferenças. O Punto tem um visual mais moderno, com assinatura do lendário designer italiano Giorgetto Giugiaro. Mas o carro paga pelo arrojo das linhas com menos espaço interno. Em posição normal dos bancos da frente (acertado para um motorista de cerca de 1,70m), dependendo do tamanho de quem viaja atrás, o espaço para as pernas fica bastante limitado. Por outro lado, seu painel é mais bonito e a posição de dirigir e a ergonomia são bastante superiores às do Polo. Outra peculiaridade que faz a diferença é o volante com comandos de som e piloto automático, item ausente no representante alemão até como opcional.
O interior do Polo é mais comportado e tradicional, mas tem vantagens em relação ao do concorrente, como mais espaço no banco traseiro. Os engates do câmbio também são mais precisos no Volkswagen.
Com o novo motor E.torQ 1.8, seu comportamento melhorou muito. É nítida a evolução do carro quando o assunto é agilidade. Apesar de não ter a mesma versatilidade do Polo, o motor ficou muito mais esperto. Mesmo com motor menor do que seu rival, o Punto é 12 cv mais potente (são 132 cv do Punto contra 120 cv do Polo).
Mas essa superioridade não aparece na cidade, onde o Volkswagen é muito mais esperto em saídas e arrancadas. Isso porque o torque máximo do Polo, de 17,3 kgfm, apesar de menor, é atingido a apenas 2.250 rpm. Já o do Punto, de 18,9 kgfm, aparece a 4.500 rpm. É verdade que boa parte dele já está disponível a partir dos baixos regimes, mas não o suficiente para ser melhor que o rival.
Já o modelo da Volkswagen tem espaço interno bem superior ao do Punto. O mesmo pode se dizer dos engates de seu câmbio, que são mais precisos. Mas seu interior não conta com a modernidade e o requinte do Punto, e a posição de dirigir não é tão confortável quanto à do rival.
O interior do Punto parece mais refinado e tem detalhes que remetem à esportividade, como os contornos vermelhos do painel e da alavanca de câmbio. O design da carroceria cobrou um preço alto, roubando espaço traseiro.
Mas se o modelo da Fiat tem desempenho inferior no trânsito urbano, na estrada ele se mostrou eficiente. Além do desempenho, seu comportamento dinâmico é mais estável do que de seu rival, passando mais segurança nas curvas. Isso porque o Punto é um projeto mais novo e equilibrado.
Já o modelo da Volkswagen tem espaço interno bem superior ao do Punto. O mesmo pode se dizer dos engates de seu câmbio, que são mais precisos. Mas seu interior não conta com a modernidade e o requinte do Punto, e a posição de dirigir não é tão confortável quanto à do rival.
Mesmo assim, suas peças são bem mais caras do que as do Fiat Punto. No pacote de componentes que MOTOR SHOW costuma cotar, o conjunto das peças do Polo acabou ficando R$ 1.455 mais caro do que o do hatch da Fiat. Com exceção do pneu e da roda que são aro 15, enquanto o Punto usa aro 16, os demais itens são todos mais caros do que os do representante da Fiat.
Por outro lado, suas revisões custam menos. As duas primeiras visitas “obrigatórias” às autorizadas saem por R$ 465, enquanto as mesmas revisões do Punto acabam ficando por volta de R$ 532. Porém, vale lembrar que para o carro da Fiat as revisões são feitas a cada 15 mil quilômetros, enquanto as do Polo acontecem a cada 10 mil quilômetros. Por isso, se considerramos o custo de revisões por quilômetro, gasta-se exatamente o mesmo com as revisões de Punto e Polo.
*Os preços podem apresentar variações, dependendo da concessionária
O valor do seguro dos dois modelos também é bastante próximo, com vantagem para o hatchback da Volkswagen, que é mais barato na franquia, no melhor e no pior perfil.
Ambos os modelos oferecem o que seu consumidor procura: bom nível de equipamentos e aparência jovem. Mas o Punto em quase todos os sentidos é uma oferta mais atraente: tem motor mais potente, projeto mais moderno, design mais atual e peças mais baratas. Salvo apenas se sua prioridade for espaço e se as linhas sóbrias do modelo da Volkswagen lhe atraírem mais.
Vale lembrar que os dois modelos já estão prestes a ser reestilizados. O Polo, que não muda desde 2006, já tem uma nova geracão na Europa e essa é a primeira vez que o carro fica desalinhado em relação à sua versão vendida no velho continente. Por isso, estima-se que ele receba mudanças até 2011. Já o Punto é o mesmo desde seu lançamento no Brasil em 2007 e, em breve, deverá receber pelo menos um facelift. Não dá para a Fiat ficar muito mais tempo sem mexer no carro.
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