O plástico, de boa qualidade, e os encaixes bem-feitos garantem um interior bem-acabado. A lista de itens de série é um dos principais atrativos do carro

No primeiro semestre deste ano foram vendidas 8.537 unidades do 207 Passion. Pouco se comparado ao líder Siena, com mais de 47 mil unidades no mesmo período. Mas vale lembrar que a grande maioria dos Siena vendidos tem motor 1.0 ou 1.4, em versões mais baratas do que este Peugeot, cujos preços com motor 1.4 começam na casa dos R$ 40 mil (o Siena 1.0 parte dos R$ 30 mil). Considerando isso, o resultado é bom.

O Passion é um sedã que agrada mais pelo que oferece dentro do habitáculo. Mima o motorista com itens de série que os concorrentes Siena e Voyage, por exemplo, oferecem como opcional – ou nem assim. Sensores de chuva e estacionamento, ar digital, banco traseiro bipartido, rodas de liga e computador de bordo. Se os concorrentes parecem mais baratos a princípio, quando equipados com itens equivalentes ao do Passion, o preço fica igual (ou até um pouco mais caro, no caso do Siena). Seu acabamento interno também é superior.

O problema é seu comportamento dinâmico: o desempenho do motor 1.6 16V é muito bom, com zero a 100 km/h em menos de dez segundos e boas marcas de consumo. O câmbio também agrada, mas a suspensão é um pouco mole demais, além de ruidosa. O sistema de direção é pouco direto e pouco isolado, um pênalti para quem gosta de prazer ao volante (nisso, o Voyage é melhor, mas o Siena é igual). Fora isso, para quem o prazer a bordo é mais importante que o prazer ao volante, trata-se de uma boa compra.