23/10/2023 - 15:21
Criado há nove anos, o prêmio Compra do Ano indica as melhores opções de compra entre todos os modelos disponíveis no mercado, de acordo com a criteriosa seleção feita pela equipe da revista MOTOR SHOW. É verdade que superamos a pandemia, mas ainda sofremos suas consequências, como a crise dos semicondutores, que, junto de outros fatores econômicos, fizeram subir os preços dos carros. Em tal cenário, pode ser estranho falar em bons negócios. Mas é a realidade, o que torna ainda mais importante escolher bem seu zero-quilômetro.
Concorreram todos os carros à venda, desde que tenham ganhando nova geração ou modificações relevantes e sido devidamente avaliados pela revista entre janeiro de 2020 e nossa votação, em 15 de julho último. Por isso, não puderam disputar alguns modelos que aparecem nesta edição, como a nova Ford Ranger.
Nossas indicações combinam alguns critérios bastante objetivos, como preço, mecânica, tecnologia e equipamentos, com outros mais subjetivos, como design, dirigibilidade e prazer ao volante – conforme nossa experiência com os carros nos testes realizados e uso cotidiano. Os campeões foram definidos após discussões entre nossa equipe, que os escolheu segundo o que se procura em cada categoria. Nas de entrada priorizamos relação custo-benefício, consumo e critérios racionais, em outras priorizamos luxo, potência e prazer ao volante. Todos os modelos são analisados considerando toda a gama, da versão de entrada à topo de linha (os preços podem ter mudado entre levantamento e publicação).
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Definimos as categorias de acordo com o que diz o mercado, refletindo tendências locais e globais. Neste ano, com pesar eliminamos Station Wagon (restam só as esportivas Audi RS 6 e Porsche Taycan Gran Turismo), Sedã de Luxo (não teve novidades significativas), Cupê-Conversível (passam a fazer parte da categoria Esportivo) e Custo-Benefício (faltaram modelos dignos do prêmio que não tenham sido premiados em suas categorias).
Por outro lado, com a maior oferta de carros eletrificados, ainda no ano passado os carros híbridos (183 versões no PBEV) passaram a concorrer com os “tradicionais”, e os elétricos cresceram de apenas uma categoria para três. Agora, tendo expressivos 70 modelos/versões movidos só a bateria, usamos quatro categorias: mantivemos Esportivo Elétrico (são muito diferentes dos tradicionais) e os demais EVs foram divididos por faixas de preço: até R$ 200 mil, até R$ 400 mil e Elétrico de Luxo (com modelos acima de R$ 400 mil).
Por fim, temos as picapes: além das categorias Picape Monobloco (diferentes portes, construção “de carro”) e Picape Média (cabine dupla, sobre chassi), agora temos Picape Grande – já que Ford e RAM, e, logo mais, Chevrolet, vêm investindo no segmento (e outras estão vindo).
Neste ano, pela primeira vez, há vencedores de marcas chinesas, o que ajudou a diminuir a concentração de prêmios: a grande vitoriosa foi a BMW (três carros premiados), seguida de Honda, Mercedes, Ford e BYD (dois); Chevrolet, Porsche, Land Rover, Peugeot, Jeep, Citroën, Volkswagen, GWM e Fiat levaram um prêmio cada.