-MANUTENÇÃO BAIXA

-DESVALORIZAÇÃO ALTA

-SEGURO ALTO

VW SANTANA MI 2.0 R$ 27.546

Na casa dos R$ 27 mil é possível adquirir um popular zero km, absolutamente “pelado”, mas quem procura mais espaço e conforto pode optar por um modelo usado. Uma boa dica, nesse caso, é o VW Santana, ano 2006, modelo Mi 2.0, que vale hoje R$ 27.546. Aliás, este modelo, lançado no mercado nacional em meados de 87, já não está mais sendo fabricado, embora continue agradando a muitos consumidores.

O sedã médio da marca alemã pode ser uma boa aquisição quando o assunto é custo/benefício, já que o modelo analisado teve uma boa média no quesito preço de peças e mão de obra. Agora, quando a análise é baseada em desvalorização e valor de seguro, ele deixa a desejar.

O Santana teve, em um ano, uma depreciação de 37,3%, muito alta por se tratar de um carro de apenas quatro anos de uso. Honda Civic LX (12,2%) e Toyota Xli (17,3%), por exemplo, desvalorizaram bem menos. Já o valor do seguri gira em torno de R$ 1.700, sendo que a franquia ultrapassa a casa dos R$ 2 mil.

Mas o sedã tem grandes predicados. O espaço interno, o motor 2.0, a robustez e a boa performance são trunfos deste veículo. Seu porta-malas, com capacidade para 363 litros, é bom para a família e o consumo não é ruim para seu porte: 9,1 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada.

“Tenho um Santana há três anos e não tenho vontade de vendê-lo”, afirma João Camoleis. “Nunca tive problemas com o meu carro, mas algo que poderia ser melhorado é o preço do seguro, pois ainda continua alto”, completa. Já Gleiver Gomes alerta que, antes de comprar o carro, o consumidor deve estar ciente do que irá enfrentar. “Eu gosto de carros grandes e optei pelo Santana porque me agrada em vários aspectos, embora o custo para manter um veículo desse porte seja algo que deve ser pensado antes da compra”, diz. “Tive o carro por cinco anos e decidi vendê-lo por vários motivos. Primeiro, por ter constantemente um defeito no ar-condiconado; segundo, por já não estar sendo mais fabricado, o que acarreta uma desvalorização muito grande; terceiro, pelo design não ser mais moderno.”

Consultando mecânicos, é clara a existência de problemas crônicos. “O Santana costuma apresentar uma trinca no chamado túnel do motor, algo que acontecia nos Gol antigos”, comenta Ricardo Santa Rosa, da oficina Junicar. Mauro Frison, da Frison Tech, também salienta esse e outros defeitos. “O Santana tem, sim, esse defeito da trinca, além de problemas com infiltrações internas que aparecem no porta-malas e até mesmo no assoalho dianteiro. É para ficar atento”, diz o Mauro.