Em 2010, o Voyage ganhou a versão I-Motion, com o câmbio automatizado de cinco marchas ASG, seguindo os passos do Polo, que havia sido lançado um ano antes com o mesmo sistema. Antes disso, a GM já tinha sua transmissão automatizada Easytronic e a Fiat já vendia o Stilo Dualogic. Mas a Volks, embora tenha chegado por último, lançou um sistema superior ao das marcas rivais.

Os câmbios manuais automatizados têm como característica principal a união da boa dirigibilidade de um carro automático com um custo mais baixo. Isso possibilitou seu uso em carros populares, proporcionando ao condutor a sensação de maior conforto, eliminando o uso da embreagem no anda e para do trânsito das grandes cidades. “A Volkswagen proporcionou economia e praticidade com o câmbio sequencial, principalmente em cidades com muito congestionamento”, elogia o proprietário Alexandre Ramos.

Como se trata de um modelo com apenas dois anos de uso, um Voyage 2010 usado não deve apresentar problemas graves. Uma reclamação frequente, no entanto, é em relação aos barulhos, resultado do desgaste natural. Alguns consultores da marca alertam para a falta de conhecimento dos proprietários, que muitas vezes fazem mau uso da transmissão. Por isso, aconselham a leitura do manual, no qual são esclarecidas as dúvidas quanto ao seu uso. Nas revisões, o software pode ser atualizado, melhorando o desempenho do câmbio e reduzindo os trancos nas trocas.

Como o Voyage conta com muitos opcionais, do ajuste da altura do volante ao ar-condicionado, é bom garimpar pelos mais equipados. Um opcional interessante para se procurar nos usados é a borboleta para trocas de marchas junto ao volante, que garantem mais esportividade. “Com o Voyage I-Motion, a Volks passou a oferecer mais opcionais que o normal nos carros chamados de populares”, comenta Wilson Oliveira, outro proprietário. “Seu câmbio automatizado traz praticidade e, em ultrapassagens, a tecla S dá mais agilidade.” Mas ele reclama da marcha à ré: “No momento de uma manobra em um local estreito, o carro pode dar um tranco mais brusco, resultando em acidente.”

No momento da compra, basta car atento às revisões, que devem estar em dia. E, mesmo não sendo um esportivo, o Voyage I-Motion é uma boa opção para quem sofre diariamente nos congestionamentos. Além disso, tem baixo custo de peças e mão de obra. Pena que sua desvalorização é mais alta que a média.

Apertando o botão S, acima, o câmbio automatizado estica mais as marchas. Quem busca esportividade, no entanto, deve optar pelo modo manual – que ca melhor ainda se o carro tiver as borboletas opcionais no volante

Preços: D&G Corretora (11) 3985-3118 – Porto Seguro. Entre parênteses, o valor do seguro em percentual do valor do carro

Fiesta Sedan 1.6 8V 2010 R$ 32.572

O motor do Ford garante um bom desempenho, levemente superior ao do Voyage, mas não há opção sem o pedal da embreagem. O acabamento interno é igualmente simples, mas o porta-malas tem alças que não esmagam as bagagens.

207 Passion XS Aut. 2010 R$ 32.500

O Peugeot tem um câmbio automático de verdade, com conversor de torque, e um motor 1.6 16V que surpreende. Não tem borboletas no volante, mas permite trocas sequenciais na alavanca. O espaço interno é apenas razoável, como no Voyage, mas a lista de itens de série é mais completa.

Fiat Palio 1.8R 2010 R$ 33.140

A versão mais esportiva do hatch da Fiat não é tão esportiva assim, principalmente por ter suspensões muito macias, mas o motor agrada. O espaço, tanto na cabine como no porta-malas, é limitado, mas o visual é bastante caprichado.

Voyage Comfortline 1.6 I-Motion

MOTOR quatro cilindros em linha, 1,6 litro, 8V TRANSMISSÃO manual automatizada, cinco marchas, tração dianteira DIMENSÕES comp.: 4,23 m – larg.: 1,66 m – alt.: 1,46 m ENTRE-EIXOS 2,465 m PORTA-MALAS 480 litros PNEUS 195/55 R15 PESO 995 kg ● GASOLINA POTÊNCIA101 cv a 5.250 rpm TORQUE 15,4 kgfm a 2.500 rpm VELOCIDADE MÁXIMA 191 km/h 0 – 100 km/h 10,7 segundos CONSUMO não disponível CONSUMO REAL cidade: 10,7km/l – estrada: 13,6 km/l ● ETANOL POTÊNCIA 104 cv a 5.250 rpm TORQUE 15,6 kgfm a 2.500 rpm VELOCIDADE MÁXIMA 193 km/h 0 – 100 km/h 10,5 segundos CONSUMO não disponível CONSUMO REAL cidade: 7,3 km/l – estrada: 9,5 km/l

NÃO GOSTEI…

“Não gosto do acionamento dos botões do farol e o consumo de combustível poderia ser menor na cidade”

José Roberto de Oliveira proprietário

GOSTEI…

“Seu câmbio automatizado traz praticidade e, em ultrapassagens, a tecla S garante mais agilidade”

Wilson Oliveira proprietário

MERCADO

No último ano, o Voyage modelo 2010 teve desvalorização de 12,9 %, maior que as de Renault Logan (6,12 %) e Fiat Siena (8,59%)

As vendas do Fiat Freemont cresceram no primeiro trimestre. Ele saiu da 28a posição entre os SUVs, em janeiro, para o oitavo lugar, em março. No ranking da Fenabrave, o Fiat passou o Honda CR-V, que teve uma queda nos emplacamentos na mudança de uma geração para outra. Entre os concorrentes do mesmo segmento, aparecem na sequência o Hyundai Tucson (1.619), a Chevrolet Captiva (966), o Kia Sportage (922), o Mitsubishi ASX (878), os Hyundai ix35 (587) e Santa Fe (400), o Toyota SW4, o VW Tiguan (262) e o Dodge Journey (195).

346,1 mil

Foi o total de vendas globais da Audi nos três primeiros meses do ano. No Brasil, foram emplacadas 1.041 unidades, o que corresponde a uma alta de 37,3% na comparação com o ano passado. Apesar do crescimento, a marca ainda tem 0,15% de participação nas vendas de automóveis (e nem aparece entre as “20 mais” nas vendas de comerciais leves)

RENAULT COMEMORA O PRIMEIRO TRIMESTRE

Renault registrou market share de 6,8% nos três primeiros meses do ano. Em relação ao ano passado, a marca aumentou a sua participação de mercado em 1,84 ponto percentual. Encerrou março com 52.327 unidades vendidas, 36,5% mais que no mesmo período do ano passado. Os responsáveis pelo bom desempenho foram principalmente o Duster (2.708 unidades em março), Sandero (8.247 unidades) e a perua Grand Tour (1.229 unidades). Nos comerciais leves, houve um aumento de 61% nas vendas da marca.

NISSAN TIIDA SEDÃ 2013 CHEGA ÀS CONCESSIONÁRIAS

O Nissan Tiida Sedan 2013 já está à venda. Sem modi cações visuais, o modelo passa a ter rodas de 15″ de série. Com foco no custo x benefício, é comercializado por R$ 45.590. O modelo, que em outros países foi substituído pelo Versa, sai de fábrica com ar-condicionado, direção hidráulica, computador de bordo, trio elétrico, airbag duplo, alarme com controle remoto, computador de bordo, banco do motorista com ajuste de altura e abertura interna do tanque. O motor é 1.8 16V ex, a transmissão é manual de seis marchas e a garantia é total de três anos.

DESEMPENHO DO MERCADO EM MARÇO

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) informou que a produção de março totalizou 308,5 mil unidades, ante as 217,8 mil unidades de fevereiro – um crescimento de 41,6%. Comparado ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de 4,5%. Por um outro lado, a produção no primeiro trimestre caiu 10,9%. Nos licenciamentos, março acumulou 300,6 mil carros emplacados, sobre os 249,5 mil veículos de fevereiro: ótimos 20,5% de aumento. Já comparado a março do ano passado, houve queda de 1,8%. Nos três meses deste ano, os emplacamentos registraram 818,4 mil unidades, uma oscilação de 0,8% quando comparado ao mesmo período do ano passado (825,2 mil).

ENTRE AS JAPONESAS, NISSAN É A NOVA LÍDER

A Nissan terminou março com 4% de participação de mercado. A marca japonesa somou 11.319 emplacamentos no mês, 94% de crescimento em relação ao mesmo período do ano passado. Entre as regiões do Brasil, o market share na cidade de São Paulo foi de 7%, enquanto no Rio de Janeiro (RJ) e em Porto Alegre (RS) a marca representou 5,63% e 5,7% das vendas, respectivamente. Os principais responsáveis pelo crescimento da montadora foram os novos mexicanos March e Versa (este último tem até la de espera).

DAFRA NEXT 250

A Dafra Next 250 já está à venda por R$ 10.990. A motocicleta é mais um fruto da parceria com a taiwanesa Sym. Produzida em Manaus (AM), tem motor monocilíndrico com refrigeração líquida, com 25 cv a 7.500 rpm e 2,75 kgfm a 6.000 rpm. Segundo a marca, a injeção eletrônica foi desenvolvida para o nosso mercado e o câmbio de seis marchas, é uma exclusividade entre as concorrentes, assim como, o escapamento em inox e a regulagem da altura do freio.

468.493

foi o total de motocicletas comercializadas no mercado interno no primeiro trimestre deste ano. Em relação aos três primeiros meses do ano passado, houve uma queda de 7%, segundo a Abraciclo. A produção registrou uma baixa de 4%.

ABEIVA REGISTRA QUEDAS NO PRIMEIRO TRIMESTRE

As empresas associadas, a Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) sofreram uma queda de 0,4% nas vendas. Em relação a março do ano passado, a queda foi de 2,1%. Nos primeiro trimestre, foram vendidas 35.463 unidades, contra 35.588 carros no mesmo período do ano passado. Essa queda é decorrência do aumento no IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados). No geral, março registrou uma alta de 31% sobre fevereiro. O mercado interno também teve aumento de 20% (284.166 unidades em março, ante 235.896 de fevereiro).