28/01/2025 - 9:58
O filme “Ainda estou aqui” fez história ao ser indicado em três categorias do Oscar: melhor filme estrangeiro, melhor filme e melhor atriz para Fernanda Torres. Um detalhe, porém, não passou despercebido pelos amantes de carros antigos: o Opel Kadett 1968, de terceira geração, que aparece na cena em que Rubens Paiva é levado pelo exército para o DOI-CODI, onde foi torturado e morto.
Conhecido também como Kadett B, foi fabricado pela Opel entre 1965 e 1973 e só chegou ao Brasil por meio de importação. A família Paiva teve se fato esse veículo, como contou seu filho, Marcelo Rubens Paiva, no livro que deu origem ao filme.
O Opel Kadett também teve participação relevante no esclarecimento do crime, já que foi visto por Eunice Paiva no pátio do DOI-CODI. Até então, os militares não admitiam que Rubens havia sido levado ao local.
A importação de veículos foi proibida no Brasil em 1976, fazendo com que o carro siga sendo raríssimo até hoje. Em anúncio de outubro do ano passado o modelo estava sendo oferecido por R$ 170 mil.
O Kadett que ficou consagrado no Brasil mais tarde foi o da sexta geração, e só começou a ser vendido na década de 1980, por meio de uma parceria da Opel com a Chevrolet. Diversos carros da Opel chegaram ao Brasil por meio dessa parceria, como o Astra, o Vectra, o Ômega e o Corsa. A marca pertenceu à General Motors até 2017, quando foi comprada pela PSA-Peugeot e, em 2021, incorporada pela Stellantis.
Ambientado na década de 1970, diversos carros antigos aparecem no filme, como fuscas, DKWs, Opalas e Dodges.